Verão começa em 6 dias, chuvoso e com dias 1,5°C mais quentes
Apesar disso, média de chuva não deve ser muito acima do registrado no último verão
Faltam apenas seis dias para a estação mais quente do ano, o verão. Assim como 2020, o período promete surpresas, como menos estiagem e temperaturas 1,5°C acima da média. De acordo com a meteorologista Franciane Rodrigues, do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), as chuvas, inclusive, devem ajudar a regular o calor.
Segundo ela, a média máxima para os três próximos meses é de 35°C. Com o acréscimo, o calor pode ficar entre 36,5 e 37°C. “Claro que pode ter picos maiores que isso, mas as chuvas ajudam a regular as temperaturas”, afirma.
Apesar de dizer que a chuva não deve ultrapassar índices registrados de dezembro de 2019 a março de 2020, a meteorologista afirma que a quantidade esperada já vai contra o que normalmente acontece.
“A grande surpresa é que mesmo com La Niña de intensidade moderada, possivelmente o Estado não sinta tanto os efeitos de estiagem que normalmente ocorre em anos em que este fenômeno acontece, o que era uma preocupação principalmente pelos produtores rurais em relação a soja que é bastante sensível coma falta de chuva e alta radiação”, destaca.
A explicação para isso está vem da região região sul do país. “Como as águas do Oceano Atlântico parte sul do continente estão mais quentes que o normal, as frentes frias do Sul do país acabam se deslocando para essa direção mais quente, o que ajuda na formação de áreas de instabilidades sobre Mato Grosso do Sul, no próximo trimestre”, revela.
Estima-se que, durante o verão, a região central registre 500 milímetros de chuva, em média. O total é considerado dentro da normalidade pela meteorologista. No Pantanal, o esperado é 400 mm, também dentro da média.
A região sudoeste é a onde menos chuvas são esperadas. Nas cidades desta região, índice não deve ultrapassar os 350 mm.
Já onde são esperadas mais chuvas, são em cidades do sul do Estado (Grande Dourados, Cone Sul e Sul-Fronteira) - 600 mm; bolsão – 400 mm; e no norte – 650 milímetros.