ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SEGUNDA  01    CAMPO GRANDE 14º

Na Íntegra

Cira da Silva e a violência contra a mulher: o que evoluiu de dez anos para cá?

Na Íntegra podcast relembra caso que mexeu com o Brasil

Por Glaura Villalba | 13/06/2024 09:40

O que mais precisa ser feito para evitar que mais e mais feminicídios ocorram? O machismo estrutural é um dos alicerces de uma sociedade que continua a registrar casos de violência contra a mulher? Esses são apenas alguns questionamentos que suscitam muitos estudos e pesquisas Brasil afora. A rede de apoio formal, que engloba Estado, municípios e Organizações Não Governamentais existe e funciona mas ainda precisa que as mulheres confiem e busquem atendimento.

Crenças que se propagam entre a população como, por exemplo, a de que Medida Protetiva não funciona são apenas alguns dos obstáculos enfrentados por quem integra essa rede. Mas é preciso ficar atento às mudanças e elas estão acontecendo!

Nesse episódio especial do Na Íntegra podcast, resgatamos um caso que repercutiu na imprensa regional e nacional, dez anos atrás, para debater esse assunto essencial para a evolução do nosso convívio social: as formas de reduzir a violência contra a mulher e o feminicídio.

E uma das questões que surgiu por diversas vezes nesse encontro que contou com a participação da Delegada de polícia, Rosely Molina, da Subsecretária de Políticas para a Mulher da Prefeitura de Campo Grande, Carla Stephanini e da psicóloga especialista em violência doméstica, Elenise Melgarejo foi a importância de se estabelecer uma mudança de pensamento por parte das pessoas que convivem com as mulheres que vivem esse drama.

O caso de Cira da Silva é emblemático porque revela todas as nuances de uma violência velada que, se não for denunciada e enfrentada pode acabar em feminicídio ou, se arrastar por anos a fio, como foi o que, de fato, aconteceu. Cira permaneceu junto com os filhos sob cárcere privado, por 22 anos. Uma vida de violência, agressão e medo.

"Ela tinha uma marca na região das nádegas, ela disse que era de uma tábua que ele batia nela (...) Mas ela não tinha raiva dele. Ela tinha uma tristeza muito grande. Aquela tristeza de: eu queria que minha vida tivesse sido boa", afirma a psicóloga Elenise.

"Toda mulher é um pouco Cira, porque toda mulher quer ter um relacionamento agradável, bom, saudável, de amor e respeito. Toda mulher sonha com isso. Todo ser humano. E no caso da Cira não foi diferente, ela queria que o marido fosse parceiro, construísse com ela, respeitasse. Era isso que ela queria. Ela teve quatro filhos com ele!"

Durante o debate no Na Íntegra podcast, a delegada Molina e a subsecretária Carla Stephanini, duas profissionais que se tornaram referências no enfrentamento à esse tipo de violência na capital, compartilharam experiências e fizeram vários alertas valiosos que podem contribuir com essa luta que deve ser de todos.







Nos siga no Google Notícias