Conciliar salário e Bolsa Família reduziria informalidade, diz Longen
Presidente da Fiems defende que é preciso criar fórmula para encontrar candidatos a empregos
RESUMO
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O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, propõe que beneficiários do Bolsa Família possam manter o auxílio mesmo após conseguirem emprego formal, como estratégia para reduzir a informalidade. Segundo ele, existem 1,4 milhão de vagas formais disponíveis, enquanto o governo investiu cerca de R$ 300 bilhões em programas sociais em 2024. Longen busca apoio de outras federações estaduais e pretende debater o tema com a Justiça do Trabalho, reconhecendo que mudanças na legislação demandam articulação política. O presidente da Fiems ressalta que algumas pessoas evitam até mesmo cursos do Senai por medo de perder benefícios sociais. Ele também destacou o papel do desenvolvimento industrial na transformação econômica e social dos municípios, apontando desafios específicos para Campo Grande se beneficiar do crescimento estadual e da Rota Bioceânica.
O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul, Sérgio Longen, defende que seja possível a conciliação do pagamento de benefícios sociais com salários durante um período para que pessoas entrem no mercado formal como opção de encontrar mão de obra para o setor. Ele diz que tem o apoio de federações de outros estados para conduzir um debate sobre o assunto com a Justiça do Trabalho em busca de uma forma de concretizar essa proposta, admitindo que alteração na legislação envolve articulação e vontade política e pode demorar mais.
Esse foi um dos temas abordados pelo presidente da Fiems, que atua na indústria de alimentos, em entrevista ao podcast Na Íntegra. Segundo disse, há cerca de 1,4 milhão de vagas formais a serem preenchidas e, no outro lado, houve investimento de quase R$ 300 bilhões em programas sociais em 2024.
Para ele, se houver possibilidade de compatibilizar benefício e carteira assinada, muitas pessoas seguirão à formalidade e, lá adiante, deixarão de precisar do auxílio social. Até mesmo cursos do Senai deixam de ser preenchidos porque pessoas temem perder repasses, diz o presidente da Fiems.
Na entrevista, Longen fala que o desenvolvimento industrial é fruto de um empenho de agentes públicos do Estado, dos municípios e de instituições, em um esforço a várias mãos.
Podemos avaliar que em cada município que chega uma indústria dessas, há uma transformação econômica e social”
Longen vê ainda um desafio para Campo Grande “embarcar” nesse movimento de crescimento do Estado, que está acima da média nacional, e atrair investimentos. Ele cita a necessidade de mudanças na legislação e um trabalho que deve ser ágil, para a cidade se beneficiar de oportunidades com a concretização da Rota Bioceânica.