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Política

"Fui demitido pelo Odilon", afirma Schimidt sobre saída de campanha

Nova crise dentro do PDT foi a demissão de Schimidt do comando da campanha de Odilon de Oliveira

Leonardo Rocha | 11/10/2018 13:55
João Leite Schimidt ao lado de Odilon de Oliveira (PDT), durante reunião do PDT (Foto: Leonardo Rocha - Arquivo)
João Leite Schimidt ao lado de Odilon de Oliveira (PDT), durante reunião do PDT (Foto: Leonardo Rocha - Arquivo)

O ex-conselheiro do TCE (Tribunal de Contas Estadual), João Leite Schimidt, uma das figuras mais emblemáticas da história de Mato Grosso do Sul, considerado um grande articulador político, foi demitido da coordenação de campanha do candidato Odilon de Oliveira (PDT), que colocou em seu lugar, o seu próprio filho, o vereador Odilon de Oliveira Júnior (PDT), derrotado nas urnas, ao cargo de deputado federal.

“O que posso dizer é que fui demitido pelo Odilon”, disse João Leite Schimidt, ao Campo Grande News, sem dar mais detalhes sobre o que ocorreu e que motivos levaram a sua saída da coordenação de campanha, que levou Odilon ao segundo turno, com 31,62%, que corresponde a 408.969 votos.

Esta é mais uma crise dentro da campanha do PDT e de Odilon, desde que começou a campanha eleitoral. A primeira foi a saída justamente de Schimidt da presidência estadual do partido, que ficou sob o comando do deputado Dagoberto Nogueira (PDT). Naquela ocasião, os rumores era que Odilon não teria concordado com as alianças que Schimidt estava articulando para sua campanha, na época os pedetistas disseram que se tratava de um boato.

Depois foi quando os parceiros da eleição começaram a desistir da campanha, começando pelo ex-presidente da Acrissul, Francisco Maia (Podemos), o Chico Maia, que candidato ao Senado, desistiu da disputa. Em seguida perto das convenções se iniciou a “indefinição” sobre os candidatos a vice, que começou com a escolha de Herbert Assunção (PDT), passando pela radialista Keliana Fernandes (Pros), sendo que ambos no final foram preteridos.

Indefinições - No caso de Keliana, ela inclusive fechou parceria com os tucanos, fazendo parte da coligação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O vice então ficou com o bispo Marcos Vitor (PRB), escolhido no penúltimo dia das convenções. Entretanto, a maior perda foi depois dos registros das candidaturas, quando o senador Pedro Chaves (PRB) desistiu da disputa.

Chaves alegou que houve “quebra de acordo” com o PDT, porque tinha se combinado que ele seria o único candidato dentro da chapa, que lançou também Humberto Figueiró (Podemos). Para o lugar o lugar do senador, foi colocado o vereador Gilmar da Cruz (PRB). Ambos os candidatos foram derrotados nas urnas.

Segundo turno – A primeira divergência do segundo turno foi o apoio presidencial, em que Dagoberto Nogueira defendeu que o grupo ficasse “neutro” para ter votos dos eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), no entanto Odilon preferiu seguir outro caminho e declarou ontem (10), apoio a Bolsonaro.

Odilon declarou que mudou sua coordenação de campanha, trocando Schimidt por seu filho, por ter necessidade de ter alguém “mais próximo”, durante o segundo turno, além de citar a logística nas atividades e ações da campanha. “A caminhada será mais puxada”. Disse que respeitava a “figura do Schimidt”, mas que optou por esta alteração.

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