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Política

A 30 dias das eleições, cinco dos 15 candidatos foram aprovados pelo TRE

Maioria dos casos está bem encaminhada, mas imbróglio cria indefinição sobre Harfouche e ausência de CNPJ atrapalha Assad

Nyelder Rodrigues | 16/10/2020 20:34
Candidatos que almejam ficar na prefeitura entre 2021 e 2024 (Arte: Ricardo Gael)
Candidatos que almejam ficar na prefeitura entre 2021 e 2024 (Arte: Ricardo Gael)

Márcio Fernandes (MDB), Marcelo Miglioli (Solidadariedade), Marcelo Bluma (PV), Sidnéia Tobias (Podemos) e Esacheu Nascimento (PP) são os cinco candidatos a prefeito de Campo Grande com candidatura já deferidas pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), faltando 30 dias para as eleições.

Agendadas para o próximo dia 15 de novembro, o pleito conta com 15 registros efetuados na Justiça Eleitoral, cinco já aprovados e três muito próximos disso - casos de Pedro Kemp (PT), Guto Scarpanti (Novo) e Dagoberto Nogueira (PDT).

Os três já tiveram seus pedidos de candidaturas tanto individual como pela chapa majoritária aprovadas pelo juiz eleitoral responsável, aguardando apenas ciência do Ministério Público, cumprimento de prazos ou outros procedimentos.

Enquanto isso, o atual prefeito Marquinhos Trad (PSD), que concorre a reeleição, teve o pedido da majoritária deferido, mas o individual ainda aguarda julgamento. A situação se repete com os candidatos João Henrique Catan (PL), Cris Duarte (PSOL), Paulo Matos (PSC) e Vinicius Siqueira (PSL). Todos eles podem realizar campanha normalmente.

Entretanto, dois casos acabaram se tornando um imbróglio faltando pouco tempo para a população ir às urnas: as candidaturas de Thiago Assad (PCO) e Sérgio Harfouche (Avante). O primeiro enfrenta problemas com o CNPJ do partido, que não foi apresentado e fez com que o TRE negasse em primeira instância o registro de candidatura a vice e prefeito.

Já o caso de Harfouche se trata de um imbróglio envolvendo sua carreira no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e o juiz que vai avaliar a legalidade da mesma. O seu partido, o Avante, já conseguiu aval para lançar candidato, mas a ida do procurador licenciado às urnas ainda não é uma certeza.

Afastamento - De acordo com as chapas encabeçadas por Marquinhos Trad e por Esacheu Nascimento, o mero licenciamento de Harfouche de suas funções no MPMS não é suficiente para que ele concorra ao cargo de prefeito, devendo ele abdicar da cadeira no órgão.

O procurador se defende de tal situação, citando inclusive que na mesma condição conseguiu deferimento da Justiça Eleitoral em 2018, quando concorreu ao Senado. Além disso, ele conta com parecer favorável do MP, órgão fiscalizador das candidaturas.

Contudo, o imbróglio surge por que Harfouche alega ter inimizade pública com o juiz responsável por avaliar a legalidade de sua candidatura, Roberto Ferreira Filho - que nega tal situação e frisa que é obrigação do procurador saber lidar com o contraditório.

A rixa entre os dois teria surgido em demandas anteriores, quando ambos atuavam na área da infância e juventude. Com propostas e ideias mais conservadoras, Harfouche tentou implantar projetos no Estado nessa áreas, mas alguns deles contaram com posicionamento contrário do juiz, que acabou barrando-as.

Suspeição - Diante da situação, Harfouche pediu que o juiz se declarasse suspeito em realizar o julgamento, porém, o mesmo negou tal pedido. Ontem (15), outro juiz, José Henrique Neiva, acabou então suspendendo o julgamento da candidatura até que o TRE se reunisse para decidir se Filho continua ou não à frente da análise.

"Ele é opositor ferrenho às minhas ideias", frisa Harfouche em vídeo publicado por ele próprio na noite de quinta-feira (16), onde também ataca a imprensa. "Ele [juiz Roberto Filho] inclusive se associou a um deputado que era contra meu projeto", acusa.

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