Agricultor rebate Zeca do PT sobre invasão em fazenda: “Ele não sabe da verdade”
Nas redes sociais, o petista divulgou vídeo denunciando ocupação em área de Itaquiraí
Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado estadual Zeca do PT trouxe à tona a invasão de terra, no ano passado, em Itaquiraí, município a 405 km de Campo Grande. No pronunciamento, ele diz que a fazenda não tinha autorização e que o proprietário tentou regularizar após a ocupação.
Disse também que está tentando “buscar uma alternativa, de forma que as 60 famílias dos 46 hectares possam continuar na área produzindo, até que se tenha uma decisão definitiva por parte do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e por parte do judiciário”.
O agricultor e proprietário de posse na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, Clasio Luiz Rauber, rebate a acusação. Ele esclarece que a primeira invasão, de 22 hectares, ocorreu na Fazenda Santa Anna, - que possui matrícula -, no dia 8 de abril. Depois, no dia 28 de agosto, invadiram 46 hectares na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, a qual Rauber tem posse.
Ele comenta que na primeira fazenda ele é arrendatário e na segunda, por mais que não tenha matrícula no cartório, possui documentações, como Registro de Responsabilidade Técnica; Cadastro de Móvel Rural; e Comprovante de Inscrição Estadual.
“Está tudo errado este pronunciamento dele [Zeca]. Eu estou há 12 anos em cima da área, a posse é minha, reconhecida pelo juiz. Eu acho que ele está apoiando para o pessoal ficar, está todo mundo errado. Ele não sabe da verdade”, enfatiza Rauber.
“A minha posse é anterior à invasão. Eu tenho o reconhecimento do juiz que a posse é minha. Por que esse Zeca não marcou uma reunião comigo? Vem falar mentira na rede social”, lamenta.
Conforme a advogada de defesa de Clasio, Julia Farias, toda a documentação foi conseguida antes mesmo da primeira invasão. “Ele possui essa posse direta, o que não dá direito de outra pessoa invadir. Toda essa documentação que informamos no processo não foi buscada posteriormente, todas elas foram anterior, antes mesmo da primeira invasão ocorrer em abril, ele já tinha a documentação dessa área”, explica.
A reportagem tentou contato com Zeca do PT, mas não conseguiu até a publicação desta matéria.
