André evita falar sobre bloqueio de bens determinado pela Justiça
O ex-governador André Puccinelli (PMDB) não quis comentar sobre a decisão da 3ª Vara da Justiça Federal proferida ontem (21) que determinou o bloqueio de todo o seu patrimônio ou o equivalente a R$ 43,1 milhões, em desdobramento da operação Lama Asfáltica, da PF (Policia Federal).
Questionado sobre o assunto pelo Campo Grande News na manhã desta quinta-feira (21), enquanto deixava reunião na sede do PMDB, em Campo Grande, o ex-governador informou apenas que não iria se pronunciar sobre a decisão. Logo em seguida, gesticulou levando o dedo em riste em direção a boca em sinal de silêncio e saiu.
Decisão - O advogado Renê Siufi, que atua na defesa de Puccinelli, informou ontem que a decisão considera que o ex-governador teria participado de ato de improbidade. Medida similar foi tomada em relação ao empresário Micherd Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada.
A decisão contempla bens móveis, imóveis, guias de trânsito animal (o que impossibilita comércio de gado) e contas correntes. O bloqueio de R$ 43 milhões é para cada um dos denunciados. Desta forma, se a pessoa tiver patrimônio de R$ 50 milhões, bloqueia-se R$ 43 milhões. Se ela dispõe, por exemplo, de R$ 5 milhões, fica bloqueado esse total.
Na segunda fase da operação, batizada de Fazendas de Lama, a Justiça Federal já havia determinado bloqueio de R$ 43,1 milhões para 24 pessoas físicas e empresas. Agora, a decisão foi estendida para o ex-governador e o dono da gráfica.
A determinação é da juíza federal Monique Marchioli Leite, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, que é especializada em crimes de lavagem de dinheiro e contra o Sistema Financeiro Nacional.