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Política

André lembra da II Guerra no desfile e que família comeu rato para sobreviver

Zemil Rocha e Jéssica Benitez | 07/09/2013 09:22
André conversando com um garoto ao chegar ao desfile na 14 de Julho (Foto: Cleber Gellio)
André conversando com um garoto ao chegar ao desfile na 14 de Julho (Foto: Cleber Gellio)

Em clima nostálgico, devido à forte presença de militares uniformizados com seus armamentos no desfile de 7 de Setembro, o governador André Puccinelli se lembrou nesta manhã, durante entrevista coletiva, do sofrimento vivido por sua família na Itália durante a II Guerra Mundial. “A região onde eu morava, quando eu tinha menos de 1 ano, foi destruído por bombas. Meus pais tiveram de se refugiar nas montanhas e, para se alimentar, comiam cobra, rato e milho verde”, afirmou ele.

Puccinelli nasceu em Viaregio (Itália) e veio para o Brasil com menos de um ano. Sua família fixou-se inicialmente em Porto Alegre (RS) e depois em Curitiba (PR), onde realizou seus estudos até concluir a faculdade de Medicina. Como médico formado, atuou em Fátima do Sul, no interior de Mato Grosso do Sul, onde começou sua carreira política, tendo sido secretário estadual de saúde, deputado estadual, deputado federal e prefeito da Capital antes de ser eleito governador.

O governador recordou-se que durante a II Guerra Mundial seu pai foi radiotelegrafista e que sua família viu bem de perto os “horrores” do conflito armado. Exaltou, então, o fato de o Brasil ser um país abençoado, onde, segundo ele, onde a democracia sempre prevalece. “A não ser por alguns períodos da história, curtos períodos”, ressalvou. “Por isso o povo brasileiro é feliz”, acrescentou.

Nesse momento, por volta de 8h30, ao ouvir vaias e protestos contra o atraso do desfile, vindas da outra lateral da rua, defronte ao palanque oficial, onde concedia entrevista, o governador André Puccinelli disse que “quem não passou por uma guerra, não sabe avaliar o que é liberdade”.

A população, conforme o governador, vai se instruindo e entendendo aos poucos que tem de defender o direito da democracia, assim como o de se manifestar. “Mas o desfile quem começa não sou eu, é o Exército”, afirmou André. “E o comandante me disse que pode começar 8h45”, emendou. “E o pessoal deve estar achando que eu quero ganhar tempo com vocês”, ponderou.

Puccinelli pediu, então, que alguém avisasse aos populares o horário do começo do desfile definido pelo Exército. “Alguém vai lá e avisa que começa 8h45, para não serem mal educados”, disse André, já demonstrando certa irritação. “Democracia também tem limites e nossa liberdade termina quando começa a do próximo”, declarou.

Cumprimentos – O governador André Puccinelli fez questão de cumprimentar populares ao chegar ao local do desfile, na Rua 14 de Julho, centro de Campo Grande . Ele só concedeu entrevista à imprensa após muita insistência dos jornalistas, pois alegava que estava “rouco”.

Segundo ele, o desfile de 7 de Setembro é um movimento cívico da pátria de grande relevância e que sempre atrai os campo-grandenses. “O povo de Campo Grande sempre gostou de participar do desfile. Já viu pessoas embaixo de chuva e frio aglomerados para assistir o desfile”, testemunhou.

Após cumprimentar crianças, André foi questionado sobre a ausência dos seu netos, que já participaram com ele de outros desfiles de 7 de Setembro. “Meus netos estão fazendo provão, mas adoram o desfile”, informou.

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