Aos 74, eleitora defende voto: "não é porque é velho que não é brasileiro"
Idosos com mais de 70 anos são desobrigados de votar, mas podem ir às urnas até as 16h, se quiserem
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Caminhando com a ajuda de um andador, Marilda Messa de Assis procurou a fila preferencial da maior escola eleitoral de Campo Grande, a Escola Estadual Thomaz Girardelli, no Parque do Lageado. Ela votou nas primeiras horas deste domingo (27) de segundo turno.
RESUMO
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Durante as eleições em Campo Grande, Marilda Messa de Assis, uma idosa de 74 anos, demonstrou seu entusiasmo ao votar, enfatizando a importância do exercício do direito ao voto, independentemente da idade. Ela e outras eleitoras, como Aurea Correa Xavier, de 70 anos, que planeja continuar votando até os 100 anos, contrastam com a decisão de Neuza Alves de Oliveira, de 75 anos, que se despediu das urnas devido a limitações físicas. Essas histórias destacam a diversidade de experiências e a importância do voto na vida dos cidadãos, refletindo um forte senso cívico entre os eleitores mais velhos.
A idosa tem 74 anos e legislação eleitoral já não a obriga a votar. Mesmo assim, foi às urnas no primeiro turno e fez questão de retornar ao local de votação para a decisão de quem vai assumir a prefeitura de sua cidade nos próximos quatro anos. Marilda estava animada e disposta.
"Não é porque é velho que não é brasileiro", fala, defendendo que o direito de escolher representantes, no Brasil, seja exercido independentemente da idade do eleitor.
Ela aproveita a entrevista para chamar jovens a participaram mais dos processos eleitorais. "Muitos não vêm votar. É importante exercer esse direito", diz.
Até os 100 - Outra veterana bastante motivada para mais um domingo de eleições, é Aurea Correa Xavier, 70. Ela votou na Escola Estadual Doutor Dolor de Andrade, que fica no Bairro Maria Aparecida Pedrossian.
Mostrando que trouxe o título de eleitor no meio de uma bíblia, ela anunciou que não pretende deixar de ir às urnas eleitorais enquanto estiver viva.
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"Quero votar até os 100 anos. Nem que alguém me leve e me carregue!", promete.
A genética está a favor dos planos da Aurea. O avô viveu até os 100 anos e o pai está com 94 anos.
Além da tendência de viver bastante, Aurea diz ter herdado o senso cívico dos antepassados. "Tenho que ser brasileira nata, como meu avô ensinou. Nunca perdi uma eleição, desde os 18 anos, e nunca votei em branco", diz.
Despedida - Esta eleição é a derradeira da dona Neuza Alves de Oliveira, 75. No caso dela, as limitações físicas falam mais alto que o desejo de continuar votando. Também com o suporte de um andador, fez a escolha para o segundo turno na mesma escola que Aurea.
"Hoje vai ser a última, vou encerrar. Estou muito cansada para votar e com dificuldade de andar", conta.
Neuza escolheu estas eleições para sua despedida porque considera a mais importante. "Como é municipal, para a cidade, eu vim", justifica.
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