Após colapso, Santa Casa vai receber extra de R$ 5,7 milhões para internações
Convênio com Poder Público foi prorrogado para hospital continuar atendendo durante a pandemia

Após colapsar durante a pandemia do novo coronavírus, a Santa Casa vai receber adicional de R$ 5.730.000 para internações. Mesmo não sendo o hospital de referência para a covid-19, a unidade foi obrigada a receber pacientes contaminados com a superlotação dos leitos críticos do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul).
O convênio com a Santa Casa é tripartite, ou seja, o hospital recebe recursos do Governo Federal, Governo do Estado e do município. São quase R$ 300 milhões anualmente. O repasse milionário, no entanto, não deu conta de atender a unidade durante a pandemia. Salários atrasaram, houve falta de medicamento e superlotação dos leitos destinados para pacientes covid-19.
Conforme publicado, na edição desta quinta-feira, do Diário Oficial, o repasse pontual de até R$ 5.730.000 será destinado para atendimento em internações hospitalares conforme pactuação extra às metas contratualizadas.
Os valores acrescidos terão como fonte recursos federais, estaduais, municipais e de emendas parlamentares. Também houve prorrogação do convênio, conforme o documento assinado pelo presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Heber Xavier.
No início do mês, vistoria do MPE (Ministério Público Estadual) constatou, não só a superlotação dos leitos de UTI destinadas pacientes com covid-19, mas também nas alas de urgência e emergência do hospital.
O número de pacientes em atendimento no Pronto Socorro da unidade era três vezes acima da capacidade adequada para o setor. A situação se agravou principalmente com aumento de casos confirmados do novo coronavírus na Capital e afrouxamento das medidas de isolamento social.
Epicentro da doença em Mato Grosso do Sul, a Capital registra mais de 20,2 mil casos de contaminação por covid-19, sendo 330 óbitos. No Estado, são mais de 47,1 mil confirmações e 823 óbitos.