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Política

Após exigir demissões, Nelsinho se reúne com vereadores do PSDB

Aline dos Santos e Ítalo Milhomem | 20/06/2011 09:59

Depois de exigir que todos os secretários municipais assinassem carta de demissão, o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), se reúne na manhã desta segunda-feira com vereadores do PSDB.

João Rocha, Cristóvão Silveira e a professora Rose estão no gabinete de Trad. Última a chegar, a vereadora Rose disse não saber que os colegas tucanos também estavam no local. “Não sabia dos outros. Vim para conversar com o prefeito”, afirma.

Na prefeitura, os tucanos comandam a secretaria de Educação e a Funesp (Fundação Municipal de Esporte). A vereadora avalia que o prefeito não vai demitir os aliados do PSDB e nem que o partido deixará a base de sustentação de Nelsinho na Câmara Municipal.

“Não acredito que o Nelsinho vá demitir. Seria uma decisão muito pessoal. Mas sempre estivemos juntos nas eleições”, enfatiza Rose. Os tucanos são aliados dos peemedebistas há anos nas eleições municipais de Campo Grande.

A vereadora elogia o trabalho da secretária Maria Cecilia Amendola da Motta à frente da pasta de Educação. “Se ele [prefeito] não quisesse poderia ter escolhido outro nome”, afirma. A secretária ocupa o cargo desde o primeiro mandato de Trad, que foi reeleito em 2008.

Amigo – Para a vereadora, a ameaça de demissão aos secretários não se trata de “fogo amigo”. “Pode ter alguns erros políticos ou administrativos”, afirma, sobre a ameaça de demissão.

Da oposição, o vereador Marcos Alex (PT) reclama da desinformação. “O prefeito deveria se manifestar, soltar uma nota oficial “. Para ele, a situação desmoraliza o secretariado. Marcos Alex acredita que o prefeito esteja descontente com o PSDB, PPS e PT, devido às críticas sobre a sua administração.

Durante a reunião que colocou o primeiro escalão sob risco de demissão, Trad pediu o empenho de todos e, inclusive, que se empenhem junto aos partidos aliados nas questões políticas.

O PMDB está no comando da prefeitura desde 1993. Mas, para 2012, os partidos aliados, como PR e PSDB, pressionam para ter apoio dos peemedebistas na disputa pelo comando da maior cidade de Mato Grosso do Sul.

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