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Política

Após sessão de 11h, OAB escolhe candidatos a vaga de desembargador

Nyelder Rodrigues e Michel Faustino | 29/04/2016 22:00
Sessão de escolha durou 11h, entre sabatina e votação entre os 35 conselheiros (Foto: Alcides Neto)
Sessão de escolha durou 11h, entre sabatina e votação entre os 35 conselheiros (Foto: Alcides Neto)

A seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso do Sul elegeu na noite desta sexta-feira (29), após uma sessão de 11 horas, os seis advogados que vão integrar a lista de indicados pela instituição a ocupar o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado. Os nomes serão avaliados pelo TJ e, destes, três indicados para o veredito final do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Em primeira votação, foram eleitos Alexandre Bastos, que recebeu 31 votos, Honório Suguita, com 28 votos, e João Arnar, 27 votos. Já em segundo pleito, Gabriel Abrão Filho recebeu 25 indicações e José Rizkallah Junior teve 23, sendo os escolhidos em questão. A última vaga precisou de duas votações, que terminou com Rodolfo Souza Bertin sendo eleito, com 17 votos, após disputa direta com Fábio Trad.

Ao todo, 17 advogados participaram da seleção, que contou com análise de 35 conselheiros da OAB. A sessão de escolha começou ainda durante à manhã de hoje, com uma sabatina realizada na sede da Ordem em Campo Grande. Os candidatos tinham três minutos para responder cada uma das três perguntas que eram feitas pelos conselheiros em um minuto cada.

Houve necessidade de realizar quatro votações pois o limite mínimo de votos para que um candidato fosse escolhido era de 18. Apenas na última disputa o dispositivo não foi usado. Fabio Trad, na primeira disputa, ficou em quarto, com 17 votos. Na segunda, com os mesmos 17 pontos, ficou em terceiro. Na disputa seguinte, foi o segundo com 15 votos, até então perder para na última Bertin.

Alexandre Bastos foi o mais votado na lista sêxtupla, com 31 indicações (Foto: Marcos Ermínio)
Alexandre Bastos foi o mais votado na lista sêxtupla, com 31 indicações (Foto: Marcos Ermínio)

"Estou honrado por ser o mais votado e porque todos os outros candidatos são altamente capacitados. Espero contribuir muito e que meu nome seja um dos indicados pelo TJ ao governador. Creio que essa votação expressiva se deve a minha atuação junto à militância na OAB. Me sinto um privilegiado neste momento", comenta Alexandre Bastos, o mais votado da eleição.

Já o douradense João Arnar, terceiro da lista, destacou a lisura do processo de seleção da OAB. "Foi um pleito honesto, que oportunizou que todos sustentassem suas teses. Agora é aguardar a definição dos próximos três nomes. Me sinto preparado, tenho 34 anos de advocacia, sendo 15 anos no magistério", explica o advogado.

"É uma honra representar à OAB. Foi um trabalho muito duro feito nos últimos dias. A minha escolha aconteceu através de um processo democrático legal", disse Bertin, um dos mais novos no pleito, com apenas 37 anos - 15 deles na advocacia. "Me preparei dois dias para enfrentar essa sabatina e agora espero a decisão do TJ", revela Rodolfo, que foi o último a ser escolhido e ficou visivelmente emocionado.

Rodolfo Bertin é um dos mais jovens no pleito e foi o último a ser escolhido pelos conselheiros (Foto: Alcides Neto)
Rodolfo Bertin é um dos mais jovens no pleito e foi o último a ser escolhido pelos conselheiros (Foto: Alcides Neto)

Quinto Constitucional - Um dos seis nomes escolhidos nesta sexta-feira é quem vai preencher a vaga aberta após a aposentadoria do desembargador João Batista da Costa Marques. Por causa do distribuição feita pelo Quinto Constitucional, dessa vez, a vaga ficará com um advogado indicado pela Ordem dos Advogados.

Conforme explica no site da OAB, o Quinto constitucional é previsto no artigo 94 da Constituição da República Federativa do Brasil, sendo um dispositivo que prevê que 1/5 (um quinto) dos membros de determinados tribunais brasileiros - quais sejam, Tribunais de Justiça estaduais, do Distrito Federal, dos Territórios (TRF, TST, TRT) sejam compostos por advogados e membros do Ministério Público.

Para tanto, os candidatos integrantes tanto do Ministério Público quanto da OAB precisam ter, no mínimo, dez anos de carreira ("exercício profissional", no caso dos advogados), notório saber jurídico e reputação ilibada.

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