Aprovada a proibição de cursos de graduação de saúde à distância
Projeto estabelece que apenas 20% da grade curricular seja de ensino à distância nas graduações

Os deputados aprovaram, em primeira votação, o projeto que proíbe os cursos de graduação de saúde, com ensino à distância, em Mato Grosso do Sul. A proposta estabelece que esta grade curricular precisa ter no máximo 20% desta modalidade, sendo que o restante deve ser presencial, com aulas teóricas e práticas, mediante a presença de um professor.
O autor do projeto, o deputado Paulo Siufi (MDB), explica que estes cursos de saúde necessitam de aulas práticas, para que os profissionais formados estejam capacitados para atender pacientes e utilizar equipamentos do setor. A matéria foi aprovada com 16 votos a favor e nenhum contra.
Esta medida não interfere nos demais cursos à distância, apenas naqueles vinculados à saúde. Aqueles que estão em andamento não serão afetados com a restrição. “Estamos contra a banalização destes cursos de graduação, que aumentaram em 134% em um ano, tendo uma abertura indiscriminada”, defende o emedebista.
O autor também pondera que tal proibição não vai “elitizar” ou “cercear” a entrada de estudantes nas faculdades, mas que a principal preocupação é na formação dos profissionais. Caso se torne lei estadual, a restrição atinge todas as faculdades públicas e particulares em Mato Grosso do Sul.
Cursos técnicos - O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sancionou no começo de agosto, uma lei semelhante, mas que proíbe novos cursos técnicos e de nível médio de saúde, que são oferecidos no modelo de educação à distância, no Estado. A proposta também foi aprovada antes na Assembleia Legislativa.