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Política

Bernal delega e PP já analisa pedido de expulsão do vice Gilmar Olarte

Josemil Arruda | 21/01/2014 14:53
Olarte e Bernal fizeram a campanha eleitoral juntos, mas desde então estão cada vez mais distantes (Foto: arquivo)
Olarte e Bernal fizeram a campanha eleitoral juntos, mas desde então estão cada vez mais distantes (Foto: arquivo)

O Partido Progressista (PP) já está analisando pedido de expulsão do vice-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, por infidelidade partidária. “Teve um pessoal do PT de Sidrolândia, que fez representação e juntou alguns documentos tratando disso”, informou o presidente da Comissão de Ética e Disciplina do PP, Ulisses Duarte.

Após essa representação, segundo Duarte, o vice Gilmar Olarte foi intimado e já até apresentou defesa prévia. A representação seguiu, então, para o presidente regional do PP, prefeito Alcides Bernal (PP), que delegou a missão de admitir ou não o processo ao dirigente Evander Vendramine.

Ontem, Bernal acusou Olarte de “infidelidade extrema” e de estar partilhando a prefeitura com adversários visando chegar ao poder, deixando claro que ele deve ser o próximo a ser julgado pelo partido.

Já Olarte, em contraposição, negou que esteja articulando apoio para um governo que não existe. Neste caso, o vice-prefeito rechaçou que já esteja formando secretariado no caso do titular ser cassado. Ele avisou ainda que não aceitará manobra objetivando sua expulsão. “Não deixarei o PP, pois não cometi nenhum ato infracionário conforme descrito no estatuto do partido”, argumentou.

Como o processo de expulsão de Olarte envolve ocupante de cargo majoritário, o estatuto do PP, segundo Ulisses Duarte, estabelece um rito diferenciado.

“Agora, como é caso da majoritária, a Comissão Executiva que faz uma pré-analise”, informou Ulisses Duarte. “O presidente Bernal delegou essa atribuição para o Dr. Evander Vendramine, que vai analisar essa preliminar”, acrescentou Duarte.

Questionado sobre o prazo para Vendramine se posicionar sobre o pedido de expulsão de Olarte, o presidente da Comissão de Ética respondeu: “Não tem prazo definido, mas em geral são curtos. Acredito que o vice-prefeito deve ser intimado em 5 dias”.

Dependendo da manifestação de Vendramine, processo passa a seguir o trâmite normal, sendo conduzido pelo presidente da Comissão de Ética. “Aí, nesse caso, vamos prosseguir com oitiva de testemunhas, juntada de documentos”, esclareceu.

Outro ponto diferente dos processos de expulsão de vereador é que no caso do vice-prefeito, por ser cargo majoritário, há a necessidade de, após passar pelo crivo da Executiva regional do PP, haver comunicação à Direção Nacional do partido.

A crise política entre Bernal e Olarte é antiga. Desde o começo do governo, eles não se entendem. Embora tenha participado ativamente da campanha eleitoral, Olarte não foi aproveitado por Bernal na administração muncipal. "Vice é vice", alegou ele em várias ocasiões.

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