Bernal levanta suspeita sobre decisão do Tribunal de Justiça
Inconformado com a volta relâmpago à prefeitura de Campo Grande, Alcides Bernal continua os ataques aos adversários políticos, mas ampliou a mira. Também levanta suspeitas sobre a honestidade dos desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
Em artigo assinado por ele, publicado na internet, ele fala de “golpistas” e de “reunião no mínimo suspeita” no TJ. Sem citar nomes, contesta o processo que reconduziu Gilmar Olarte ao posto de prefeito, após a derrubada de liminar favorável ao grupo de Bernal. “Como era de se imaginar, os golpistas agiram rapidamente e novamente na calada da noite, após reunião no mínimo suspeita em um gabinete do Tribunal de Justiça, derrubaram a decisão judicial”, ataca.
Na última quinta-feira, Campo Grande teve um fim de tarde tumultuado. Com liminar, Bernal voltou à prefeitura, mas cerca de 8 horas depois caiu novamente.
No artigo, o ex-prefeito nega qualquer ato de vandalismo durante a ocupação do Paço Municipal, mas admite algumas ações que provocaram prejuízos, com verba pública jogada fora. Apesar da volta ocorrer sob efeito liminar, com o risco de cair a qualquer momento, a equipe do ex-prefeito resolveu trocar todas as fechaduras das secretarias, “para que nenhum deles (secretários) voltasse durante a madrugada para tentar apagar seus rastros”, alega.
No dia 15, o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, determinou a volta de Alcides Bernal. Mas a liminar foi cassada pelo desembargador de plantão, Vladimir Abreu da Silva, que acatou pedido da assessoria jurídica da Câmara Municipal de Campo Grande. O despacho ocorreu à zero hora de sexta-feira.