Câmara ainda não foi comunicada sobre investigação contra vereador
Vereador Ademir Santana (PSDB), candidato à reeleição, é um dos alvos da Operação Omertà
A Câmara Municipal de Campo Grande aguarda mais informações e uma comunicação oficial sobre as investigações da nova fase da Operação Omertà, que tem o vereador Ademir Santana (PSDB), como um dos alvos, até para tomar alguma medida ou procedimento interno.
O presidente da Casa de Leis, o vereador João Rocha (PSDB), afirmou que até o momento o legislativo não recebeu nenhuma informação sobre a ação e que em casos que envolvem vereadores, as autoridades fazem uma comunicação oficial do que está averiguando.
“Estamos sabendo informações apenas pela imprensa, não temos nenhum detalhe (caso), e não houve nenhuma ação feita aqui na Câmara (Municipal). Esperamos em breve um comunicado dos órgãos competentes, por isso neste momento temos que aguardar”, afirmou ele, em entrevista ao Campo Grande News.
João Rocha explicou que qualquer denúncia ou situação que desabone qualquer parlamentar, será avaliada pela Comissão de Ética da Câmara Municipal, que é o órgão responsável por esta apuração.
Alvo - O vereador Ademir Santana (PSDB), que disputa reeleição na Câmara Municipal de Campo Grande, é alvo da quinta fase da operação Omertà por suspeita de extorsão.
Na manhã desta quarta-feira (dia 7), a ação do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) cumpre mandados de busca e apreensão na casa e na chácara do vereador.
Nesta etapa, a Omertà apura a extorsão contra o antigo proprietário do imóvel, no bairro Monte Líbano, onde foi apreendido arsenal em maio de 2019.
Ademir Santana, 55 anos, é empresário e declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 441 mil em bens. A lista inclui imóveis nos bairros Caiobá e Bonança, além de veículos e cota na empresa Sales e Delmondes Ltda. Ele foi eleito vereador em 2016 pelo PDT, mas trocou a legenda pelo PSDB, na janela partidária.