Câmara decide rever valor gasto com a alimentação dos vereadores
Depois de ameaça de protestos amanhã na Câmara Municipal, os vereadores decidiram rediscutir o gasto com alimentação. Em nota divulgada há pouco, o Legislativo anuncia "a criação de uma comissão para revisão do Regimento Interno, em função dessa nova realidade das sessões com os 29 vereadores", o que teria como reflexo a queda nos custos com lanches, que já estão previstos desde de outros mandatos.
No dia 6 de junho, o Campo Grande News publicou matéria sobre o aumento nos custos e na onda de manifestações pelo País, estudantes ameaçaram ir até a Câmara amanhã para tomar café ao lado dos vereadores.
Antes, a Câmara tenta justificar o gasto que este ano subiu para mais de R$ 9,5 mil por mês, 150% em relação a 2012. O argumento é a "duração das sessões ordinárias e em decorrência de outros trabalhos legislativos, como audiências públicas, oitivas, sessões comunitárias, sessões itinerantes, reuniões de comissões permanentes e Comissões Parlamentares de Inquérito e outras atividades parlamentares".
O presidente da Casa, Mário Cesar, explica que os custos são reflexo das atividades não apenas em dias de sessão, mas sim de segunda à sexta, durante todo o dia. "As sessões ordinárias, por exemplo, estão sendo prorrogadas e estão ultrapassando com frequência o horário, terminando por volta das 14 horas, até por conta do aumento do número de vereadores.
Em nome da Câmara, ele reitera "que o valor dessa alimentação é estimado e não fixo, sendo gasto de acordo com a necessidade em cada mês". Ele lembra que o gasto com o lanche não é algo desta gestão e sim de administrações passadas, de "antigas legislaturas" e tenta minimizar os custos. Se pegarmos, por exemplo, o valor gasto no último mês e dividirmos pelo número de dias de trabalho e pelo número de vereadores, o valor que se chega por parlamentar é de 10 reais em média no dia todo".
Atualmente no cardápio dos vereadores há itens como granola, sanduíches, café, água de coco e iogurte.