Câmara não vota novos projetos até concluir doação de 11 áreas
Os vereadores de Campo Grande precisam definir doação de 11 áreas e aplicação de incentivos fiscais, antes de votar novos projetos. Integrantes da oposição prometem barrar as propostas até que o prefeito Gilmar Olarte (PP) autorize reajuste de 8,46% aos professores.
A doação não passou, ontem (21), porque haviam apenas 18 de 20 vereadores necessários para autorizar o processo. Na lista, que inclui terrenos para fábrica de pré-fabricados e empresas de ônibus do projeto Cidade do Ônibus, soma-se ainda isenção de ISSQN durante construção do empreendimento e redução de 30% do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) por três anos.
De acordo com Thaís Helena (PT), a oposição irá se ausentar das votações até que o prefeito autorize reajuste no salário dos professores, que já possuem indicativo de greve a partir de 3 de novembro. A decisão é acompanhada por Paulo Pedra (PDT), Ayrton Araújo (PT), Luiza Ribeiro (PPS) e Derly dos Reis, o Cazuza (PP). Já Zeca do PT, se estiver no Plenário Oliva Enciso, pode seguir mesmo posicionamento.
Em contrapartida, a base liderada por João Rocha (PSDB) pretende contornar a situação através do diálogo e “bom senso” dos professores e parlamentares. Contudo, mesmo que seja maioria na Câmara Municipal, o grupo se divide ao analisar propostas do Executivo.
Caso a doação de área e incentivos sejam votados hoje, também poderão ser somados na pauta outros cinco projetos que dependem de segunda análise. É o caso de três instituições que dependem de aval Legislativo para se tornarem de utilidade pública, que instituem 25 de outubro como dia municipal do trabalhador da construção civil e que proíbem inaugurações e entregas de obras públicas incompletas ou em fase de conclusão.