Mesmo com “recusa” da oposição, empréstimo de R$ 42 mi é aprovado pela Câmara
A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou nesta terça-feira (14), o empréstimo de cerca de R$ 42 milhões para que sejam cumpridas pelo Executivo contrapartidas em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O projeto foi aprovado com 18 votos e os vereadores da oposição se “recusaram” a votar e esvaziaram o plenário.
A votação do projeto foi protelada por duas vezes, e precisou passar por uma “reavaliação” da Comissão Permanente de Orçamento e Finanças da Casa de Leis. O valor total do empréstimo foi dividido em três áreas do PAC, R$ 7,2 milhões para o sistema de transporte coletivo, R$ 8 milhões para urbanização e recuperação de áreas degradadas do Bálsamo, Segredo e Taquaral Bosque e R$ 26,7 milhões para drenagem e pavimentação de bairros da região do Imbirussu e Segredo.
Durante a votação, alguns vereadores da oposição se retiraram do plenário para tentar “esvaziar” a votação, uma vez que condicionam o voto a aprovação do prefeito Gilmar Olarte (PP) de reajuste de 8,46% para os professores. Dessa forma, Paulo Pedra (PDT), Luiza Ribeiro (PPS), Ayrton de Araújo (PT) e Cazuza (PP) não participaram da votação.
Única representante da oposição que permaneceu no plenário durante a votação, a vereadora Thais Helena (PT) criticou a aprovação do projeto. “É uma irresponsabilidade do município ter que recorrer a um empréstimo. Até porque ele assina uma carta de compromisso atestando que possui recursos para contrapartida”, ponderou.
Já o vereador Eduardo Romero (PT do B) comemorou a aprovação do empréstimo, e ressaltou que a partir de agora as obras da região do Balsamo, que já estão 60% concluídas, poderão ser terminadas beneficiando a comunidade da região.
Estava previsto para entrar em votação ainda na sessão desta terça-feira, a doação de 11 áreas para empresas que se instalariam na Cidade do Ônibus, na região da Moreninha e para a Otimix Brasil Indústria de Pré-fabricados Eireli-EPP.
No entanto, as propostas devem entrar em discussão em uma próxima sessão, pelo fato de não haver quórum necessário na sessão de hoje. Para que o projeto entre em votação são necessários 20 votos, e no momento só haviam 18 vereadores no plenário.