Câmara rejeita investigar Olarte por viagem em avião de empreiteiro
Com placar de 18 a 11, a Câmara Municipal rejeitou investigar o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), pelo uso do avião do empreiteiro João Amorim, dono da Proteco Construções, em viagem a Brasília.
De acordo com o pedido de abertura de Comissão Processante, o prefeito utilizou-se de bem de um fornecedor sujeito a sua fiscalização, quando poderia ter recorrido a frete aéreo ou passagem em voo comercial. A Proteco foi alvo da operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal), e tinha contratos com a prefeitura.
Nesta quinta-feira, por unanimidade, os 29 vereadores aprovaram abertura de Comissão Processante contra o prefeito por falta de decoro no exercício do cargo pela configuração de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia foi feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e aceita ontem pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Ao todo, foram seis itens em votação para abertura de Comissão Processante. Os outros quatro são: não cumprimento da lei municipal que prevê o pagamento do piso nacional para jornada de 20 horas aos professores; o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê um percentual mínimo de gasto com pessoal; o excesso de cargos comissionados criados na atual gestão e o não cumprimento da Lei da Ficha Limpa na nomeação de comissionados.
Veja como foi a votação para o item 2, que questionava a viagem no jatinho:
Votaram contra a Processante - Edil Albuquerque (PMDB); Vanderlei Cabeludo (PMDB); Loester Nunes (PMDB); Magali Picarelli (PMDB); Mário Cesar (PMDB); Paulo Siufi (PMDB); Chiquinho Telles (PSD); Ademar Vieira Júnior (PSD), o Coringa; Delei Pinheiro (PSD); Flávio César (PTdoB); Waldecy Batista Nunes (PP), o Chocolate; Gilmar da Cruz (PRB); Airton Saraiva (DEM); Francisco Luis Saci (PRTB); Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB); João Rocha (PSDB); Edson Shimabukuro (PTB); e Herculano Borges (SD).
Votaram a favor - Carla Stephanini (PMDB); Roberto Santos Durães (PT); Elbio dos Santos (PT); Eduardo Romero (PTdoB); Otávio Trad (PTB); Derly dos Reis de Oliveira (PP), o Cazuza; Roberto Santana dos Santos (PRB), o Betinho; Paulo Pedra (PDT); Aldo Donizete (PPS); José Chadid (sem partido); e Airton Araújo (PT).
A denúncia, contendo o pedido de abertura de Comissão Processante, foi protocolada pelos vereadores Marcos Alex (PT), Thais Helena (PT) e Luiza Ribeiro (PPS), que ficaram impedidos e foram substituídos por suplentes.