Público contra Olarte não consegue entrar na Câmara e lota estacionamento
Cerca de 100 pessoas, que não conseguiram senhas para entrar na Câmara Municipal, lotam o estacionamento do local para acompanhar a votação da Comissão Processante contra o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte. O grupo, em sua grande maioria, é contra o prefeito.
Os que não conseguiram senhas, como a manifestante Fernanda Kunzler que chegou às 7h30 na Câmara, acusam os vereadores de terem distribuído senhas antecipadas para manifestantes pró Olarte. “Cheguei cedo e as senhas já tinham se esgotado. A distribuição já começou pelo número 72. Vi muita gente que nunca veio às manifestações chegar e conseguir entrar, enquanto a gente que chegou 1h30 antes do início da sessão ficamos para fora”, explicou.
Outra manifestante, Sandra Maria Moreira, também chegou 1h antes da sessão começar e reclamou da forma em que a distribuição de senhas foi organizada. “A Câmara é um lugar do povo e não conseguimos entrar. É um absurdo”, mencionou.
Fora da Câmara Municipal a maioria dos manifestantes são professores contra o Olarte e que ainda estão em greve. No interior do Plenário, cerca de 360 acompanham a sessão que começou a poucos minutos.
Os que ficaram do lado de fora acompanham a sessão através de um telão, em pé ou sentadas nas rampas de acesso à Câmara. “Quero ver o desenrolar da prefeitura, quero ver o prefeito cumprir o que é lei”, comentou Rosângela Silva Rocha, 39 anos.
Um grande grupo que acompanha a sessão dentro do Plenário é a favor do Olarte. A exaltação é grande no interior da Câmara e toda vez que um vereador da oposição fala é vaiado pelos manifestantes.
“Os professores aproveitaram o momento para se juntar ao grupo contra o prefeito. Sou contra a Comissão Processante e vejo que o povo não quer deixar o prefeito trabalhar", disse o manifestante Paulo Souza, 45.
O trânsito fora da Câmara Municipal está tranquilo. Várias viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar fazem a segurança no local.