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Política

Câmara terá que criar comissão de ética para investigar vereador

Priscilla Peres e Kleber Clajus | 22/04/2015 11:20
Vereadores participam de sessão comunitária nesta manhã. (Foto: Kleber Clajus)
Vereadores participam de sessão comunitária nesta manhã. (Foto: Kleber Clajus)

O suposto envolvimento do vereador Alceu Bueno (PSL) em rede de exploração sexual de adolescentes deve resultar em mudança no regimento interno da Câmara Municipal. Isso porque, na quinta-feira (23), se prevê abertura de comissão de ética para investigar quebra de decoro por parte do legislador que foi flagrado, em março, em imagens com duas adolescentes de 15 anos e foi alvo de extorsão.

Para o relator da comissão de alteração do regimento, Otávio Trad (PTdoB), a questão terá que ser acrescentada junto com normativas para realização de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) e Processante, como a que cassou o ex-prefeito Alcides Bernal (PP). Em análise fica ainda se a comissão de ética será temporária, tendo que passar por votação da maioria e com sorteio de três componentes, ou permanente com cinco vereadores e estrutura semelhante as demais que já existentes.

Carla Stephanini (PMDB) ressaltou que a Casa de Leis carece de uma comissão para lidar com casos que “constrangem e causam perplexidade”. Já Flávio César (PTdoB) adota posicionamento semelhante, pontuando que ainda é preciso compreender todo o contexto relativo ao vereador envolvido em investigação da DPCA (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente).

De acordo com o presidente da Casa de Leis, Mario César (PMDB), somente o parecer do delegado Paulo Paulo Sérgio Lauretto poderá trazer claridade ao caso e estabelecer as próximas diretrizes a serem adotadas. “Algumas coisas já estão sendo desmistificadas como o fato de que não houve pedofilia e ele [Alceu] pode ter sido induzido, mas precisamos ver o envolvimento pela fala do delegado”.

Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), chegou a ser citado no mesmo inquérito de Bueno por acompanhar o legislador em um encontro em posto de combustível com o ex-vereador Robson Martins, preso na quinta-feira (16) acusado de extorsão junto com o empresário do segmento evangélico Luciano Roberto. “Para nós é uma surpresa, não tenho envolvimento e só dei uma carona para o Alceu”, comentou ao relatar que o assunto na ocasião foi política e “um negócio de revista”.

Sobre o colega de Câmara, Carlão lembrou que “até aquele dia que estourou [o escândalo] ele era um homem de Deus”, além de presidente de partido e vizinho.

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