Candidaturas “coletivas” voltam nesta eleição e tentam emplacar na Capital
Caso sejam eleitos, apenas um integrante irá assumir mandato e ter direito ao salário de vereador
As chamadas “candidaturas coletivas” voltaram para eleição deste ano e tentam pela primeira vez emplacar na Capital. São duplas e até grupos se juntam para disputar uma vaga de vereador. Caso sejam eleitos, terão direito apenas a uma cadeira e única remuneração na Câmara Municipal.
Entre as candidaturas na Capital está Karla Melo e Carlos Eduardo, que estão juntos pelo PSDB, com o slogan “Campo Grande forte e justa”. O nome da urna aponta os dois nomes, mas a titular é Melo, por isso se forem eleitos, ela é quem irá assumir o mandato.
“Se prepare, a cidade será tomada por uma onda de mais oportunidades, mais diversidade, mais respeito, mais amor e alegria. Somamos nossas ideias por uma Campo Grande mais forte e justa”, descreveram nas redes sociais. A dupla faz fez lives e promoveu conversas com os eleitores, para apresentar suas propostas.
Grupo - A segunda candidatura é chamada de “Bancada Cidadã”, que tem como titular Frank Rossate (DEM). O coletivo ainda tem a presença de mais cinco pessoas: Neuza Araújo, Marcia Zen, Mariane Cordon, Deh Leão e Nivaldo Finelon.
Nas redes sociais eles avisam que votando em Frank Rossate, seu voto “valerá por 6”. Também destacam como o grupo vai funcionar na prática. “Uma cadeira no Legislativo vai ser dividida por seis, assim o mandato terá mais força de trabalho, com a despesa de 1 (vereador)”.
Como funciona – Se um dos coletivos for eleito, o titular da dupla ou grupo, é quem vai assumir a cadeira na Câmara Municipal. Ele terá direto a voto, participação do plenário e remuneração de um parlamentar. Por isso é necessário escolher o “porta-voz”. No caso dos candidatos da Capital, serão Karla Melo (PSDB) e Frank Rossate (DEM).
Os componentes do grupo farão reuniões e debates internos, sobre projetos e votos, mas só um vota no plenário. Os demais podem ser contratados para cargos disponíveis no gabinete, mas só o titular irá receber salário de vereador.
Do ponto de vista jurídico, o eleito é o titular do coletivo, os outros não são reconhecidos a título de mandato ou direitos como parlamentar. Já está em tramitação no Congresso Nacional, um projeto que prevê mais “segurança jurídica” aos integrantes do grupo, assim como definir o formato da participação de cada um.