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Política

Partidos registram candidaturas, mas dois deles sem o plano de governo

Item é obrigatório. Os mais extensos apresentados foram os do PP, Solidariedade e PT, respectivamente

Nyelder Rodrigues | 24/09/2020 16:00
Plano de governo é item obrigatório para ser enviado ao TRE-MS (Foto: Arquivo)
Plano de governo é item obrigatório para ser enviado ao TRE-MS (Foto: Arquivo)

O prazo de registro de candidaturas para as eleições municipais termina no próximo sábado (26) e nove pretendentes à cadeira de prefeito de Campo Grande já constam no sistema do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul). Contudo, no perfil de dois deles, Sérgio Harfouche e Loester Carlos Gomes de Souza, mais conhecidos como "Tio Trutis" não constam os planos de governo.

Deputado federal eleito em 2018, Loester Carlos travou recente disputa com o vereador Vinicius Siqueira, que na última janela eleitoral saiu do DEM e migrou para o PSL justamente para concorrer a prefeitura, contudo, de última hora o deputado deixou de apoiá-lo e lançou candidatura própria, o batendo na convenção partidária.

Tendo Lilian Durães como vice, em chapa pura, ou seja, sem coligações, Loester já apresentou certidões criminais das justiças Federal e Estadual ao TRE, mas o plano de governo ficou de fora do sistema DivulgaCand.

A situação se repete com o procurador do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Sergio Fernando Raimundo Harfouche, que disputa a prefeitura pelo Avante e tem como vice o vereador André Salineiro, que também trocou de partido recentemente - ele estava no PSDB e migrou para o Avante, que também lançou chapa pura.

Todas as certidões criminais de primeira e segunda instância dele foram apresentadas, seja no âmbito da Justiça Estadual ou da Federal. Em contato com a assessoria de imprensa do candidato, foi informado que o plano é item obrigatório e foi inserido no sistema, mas que não deve estar aparecendo por problemas técnicos no próprio TRE.

Harfouche e Loester Carlos vão disputar a preferência do eleitorado em novembro
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A reportagem também tentou contato com Loester e com o TRE-MS. Contudo, até o fechamento do texto, não obteve êxito em nenhuma das tentativas. Cabe lembrar que as candidaturas ainda estão sob análise do tribunal para aprovação ou indeferimento.

Em sistema - Até às 15h30 desta quinta-feira (24), os outros sete candidatos com registro eram Dagoberto Nogueira (PDT), Esacheu Nascimento (PP), Guto Scarpanti (Novo), Marcelo Bluma (PV), Marcelo Miglioli (Solidariedade), Márcio Fernandes (MDB) e Pedro Kemp (PT). Todos eles já possuem certidões criminais e plano de governo inclusos.

O mais extenso deles foi apresentado por Esacheu, com 70 páginas, 67 delas com conteúdo sobre seu planejamento para Campo Grande caso vença a disputa nas urnas. Logo em seguida vem o plano de Miglioli, que tem 67 páginas, 62 delas com conteúdo.

Já o petista Kemp é o terceiro em volume de páginas, também com 62, mas 65 ao todo, divididas em três eixos principais, com 15 subdivisões. O quarto maior plano apresentado até aqui é de Guto Scarpanti, que possui 38 páginas - 35 delas com conteúdo.

Por fim, Marcelo Bluma apresentou plano com 26 páginas de conteúdo (29 ao todo), enquanto Márcio Fernandes traçou suas 15 metas de gestão em 18 páginas, sendo 16 delas com conteúdo. Dagoberto apresentou texto de 17 páginas, com 12 pontos a serem trabalhados, todas elas com conteúdo - ou seja, não há índice nem capa e contracapa, por exemplo.

No aguardo - É esperado que até sábado, data final dos registros, mais seis candidatos registrem seus nomes, somando os 15 aprovados nas convenções partidárias. Faltam ainda Cris Duarte (PSOL), João Henrique Catan (PL), Paulo Matos (PSC), Sidnéia Tobias (Podemos) e Thiago Assas (PCO), além do atual prefeito Marquinhos Trad (PSD).

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