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Política

Carlos Marques não vê saída para crise e vê em Júlio o "Bernal da OAB"

Josemil Arruda | 09/04/2014 17:37
Crise histórica da OAB-MS surgiu devido ligação de Júlio com Bernal (Foto: arquivo)
Crise histórica da OAB-MS surgiu devido ligação de Júlio com Bernal (Foto: arquivo)

O advogado Carlos Marques, ex-presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), considera muito difícil a busca de uma solução negociada para a crise instalada na entidade, em razão da insistência do atual presidente da entidade, Júlio Cesar Souza Rodrigues, em continuar na presidência estadual. “Ele é o Bernal da OAB”, afirmou Marques nesta tarde.

Conselheiro federal da Ordem até uma semana e meia atrás, quando 81 dirigentes e conselheiros renunciaram coletivamente a seus cargos como meio de pressão pela saída de Júlio Cesar, Carlos Marques disse que ele e seus companheiros já tentaram diversas vezes um entendimento com o atual presidente da OAB-MS, sem sucesso.

“Sempre estivemos prontos para conversar e buscar uma saída, dezenas de vezes o procuramos, mas ele não quer saber”, afirmou Carlos Marques, comparando-o, em seguida, a Alcides Bernal (PP), que teve o mandato cassado no dia 12 de março, após longa crise institucional com a Câmara da Capital, onde só tinha apoio de 6 dos 29 vereadores.

Aliás, foi por causa das tratativas contratuais de Bernal com Júlio Cesar é que começou a crise na OAB-MS, em razão de o primeiro responder a processos éticos na entidade e haver possibilidade de o segundo interferir para que não fosse condenado, especialmente em relação à queixa da ex-catadora de lixo Dilá Dirce de Souza de sumiço de parte da verba de sua indenização.

Indagado sobre a alternativa que seu grupo decidiu na reunião de ontem, Marques declarou que nada está fechado ainda, apesar da alternativa de judicialização da crise estar sendo considerada. “Estamos conversando ainda. Vamos tomar uma decisão amanhã ou depois de amanhã”, disse.

Questionado quanto à possibilidade de seu grupo concorrer na eleição parcial, convocada pela OAB nacional para daqui a 60 dias, Marques admitiu essa possibilidade. “Em tese ficaria estranho a gente participar porque houve a renúncia coletiva, mas também não vamos deixar ele mandar na OAB sozinho”, avisou.

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