Cassação de vereadores vai forçar eleição de três integrantes da Mesa Diretora
Como desdobramento da efetivação de três suplentes como vereadores (Roberto Durães, Eduardo Cury e Juliana Zorzo), que respectivamente substituirão a Thais Helena, Paulo Pedra e Delei Pinheiro, cassados hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral, a Câmara Municipal terá de eleger antes do recesso parlamentar três novos integrantes da Mesa Diretora. . Mesa que há de três meses está desfalcada com o afastamento do presidente Mario Cesar, por decisão da Justiça, substituído interinamente pelo vice-presidente Flávio César.
O agora ex-vereador Delei Pinheiro, da bancada do PSD, ocupava o segundo cargo mais importante (em termos de atribuições) da Mesa Diretora, o de primeiro-secretário. Quem exerce esta função divide com o presidente, a responsabilidade de assinar os cheques emitidos pela Casa. Será preciso também eleger um novo 2º vice-presidente para ocupar a vaga que era de Thais Helena. Paulo Pedra era o 3º vice-presidente, função criada sem muitos poderes, instituída no processo da chapa única eleita ano passado sob a presidência de Mário Cesar.
Embora os vereadores cassados possam apelar para o Supremo Tribunal Federal, as chances de a decisão de hoje do TSE ser revertida são mínimas. “Acho que esta decisão é irreversível. Lamento especialmente pela Thais Helena, uma vereadora combativa, colega de outros mandatos”, comentou o vereador Airton Saraiva.
O advogado de Delei Pinheiro, que é muito ligado ao deputado Marquinhos de Trad (de quem é compadre) já o alertou sobre a quase impossibilidade de sucesso de um eventual recurso ao STF suspender a cassação decidida hoje pela última instância da Justiça eleitoral.
Com a mudança na composição na Mesa, o prefeito Alcides Bernal perde um aliado (Paulo Pedra) que estava na iminência de deixar a Secretaria de Governo e voltar ao Legislativo. O agora vereador Eduardo Cury, tende a assumir uma posição de independência. Durante durante a gestão de Gilmar Olarte (quando era o coordenador do SAMU) sempre teve uma posição crítica em relação a Bernal. O mesmo comportamento deve ter Juliano Zorzo. O PT, de Roberto Durães, se distanciou do Governo depois que o prefeito não abriu espaço para os petistas indicarem postos estratégicos, como o de secretário de Infraestrutura.