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Política

CCJ adia votação e Delcídio deve se defender pessoalmente no Senado

Senado aceitou solicitação de adiamento e ida do senador na segunda

Mayara Bueno | 05/05/2016 10:04
Senador Delcídio do Amaral (sem partido). (Foto: Arquivo)
Senador Delcídio do Amaral (sem partido). (Foto: Arquivo)

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado decidiu aceitar o pedido da defesa do senador Delcídio do Amaral (sem partido), de adiar a votação do relatório sobre sua cassação e sua ida ao Senado. Desta forma, o congressista deve ir, na segunda-feira (9), às 16 horas, se defender pessoalmente na comissão, conforme afirmou a assessoria do parlamentar. Nesta quinta-feira (5), o colegiado se reuniu para votar o parecer favorável à cassação no Senado.

Na noite de ontem, a defesa do senador, acusado de quebra de decoro parlamentar, pediu o adiamento da votação e que o congressista fosse interrogado e ele mesmo se defendesse no colegiado. Os senadores da CCJ decidiram aceitar o pedido.

O argumento da defesa era de que a legislação determina prazo de 48 horas entre as citações e as sessões do colegiado – os advogados afirmam que foram notificados sobre a decisão a favor da cassação do relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES), somente na tarde de ontem.

Ainda na quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia afirmando que a votação em plenário aconteceria já na terça-feira (10). Se for aprovado na CCJ, o processo de cassação segue para análise de todos os senadores. Para ser aprovado, são necessários 41 votos favoráveis.

Afastado do Senado desde que saiu da prisão, em fevereiro, Delcídio sofre um processo por quebra de decoro parlamentar no Senado. Ele foi preso pela Polícia Federal, em novembro passado, por suspeita de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, que investiga desvios na Petrobas.

Em uma gravação, o senador oferece R$ 50 mil por mês para a família de Nestor Cerveró, ex-presidente da Petrobras e delator da Lava Jato. A tentativa de Delcídio era convencer o ex-dirigente para não aceitar a delação.

O senador continua em licença para tratar de assuntos particulares, que vence nesta quinta. Ontem, ele fez um novo pedido, mas, desta vez, para se afastar por 100 dias. A solicitação, no entanto, ainda não foi aceita nem rejeitada por enquanto. Até agora, já foram cinco pedidos de afastamento.

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