ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 25º

Política

Chuva frustra planos e acaba com acampamento na porta de deputado

Frio e dificuldades em manter a estrutura determinaram o fim do protesto em frente ao condomínio onde mora o deputado federal Carlos Marun

Richelieu de Carlo | 17/03/2017 10:34
Manifestantes retiram troncos da estrutura das barracas em frente ao condomínio. (Foto: Kisie Ainoã)
Manifestantes retiram troncos da estrutura das barracas em frente ao condomínio. (Foto: Kisie Ainoã)

Após três dias de protesto, manifestantes que estão acampados em frente ao condomínio Damha, onde mora o deputado federal Carlos Marun (PMDB), na Capital, se preparam para deixar o local.

Boa parte da estrutura que foi montada já foi retirada, e o número de pessoas é bem inferior a quando teve início. Chuva e dificuldades para manter estrutura foram determinantes para fim do protesto.

O grupo é contra a reforma da Previdência e escolheu o endereço como o primeiro alvo dos protestos que começaram na quarta-feira (15), dia que trabalhadores, de várias categorias e pelo Brasil todo, fizeram greve geral. Marun é o presidente da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta do Governo Federal para fazer modificações nas regras de aposentadorias.

No auge do acampamento, cerca de 300 pessoas contavam com uma estrutura com sete banheiros químicos, gerador de energia e alimentação, com direito a café da manhã, almoço e janta. Além de quatro grandes barracões com lonas, onde este grupo passou a noite, tendo inclusive chuveiro instalado no local.

Agora a situação é bem diferente. Todos os barracões e chuveiros foram desmontados, não há mais refeições disponíveis e o gerador foi desligado. Restaram apenas os banheiros químicos e cerca de 87 pessoas.

Pessoas que restaram no acampamento. (Foto: Kisie Ainoã)
Pessoas que restaram no acampamento. (Foto: Kisie Ainoã)

A partir das 14h de hoje, um ato em alusão à greve marcará o fim oficial do acampamento, porém, atos de conscientização da população serão feitos nos bairros da “periferia”, como conta Jeferson Borges, presidente UGP (União Geral dos Trabalhadores). Ele diz que a ordem da Justiça obrigando a saída dos manifestantes do local, entregue ontem, não influenciou na decisão de acabar com o movimento.

“Nós tínhamos prazo para desmontar o acampamento até às 24h do próximo sábado, mas não é por isso que estamos saindo. Como tinha muita gente, foi difícil manter a estrutura. O tempo também atrapalhou, choveu muito durante a noite e as pessoas passaram muito frio”, relatou Jeferson Borges.

“Às 14h, vamos produzir um ato simbólico marcando o fim do protesto, com o máximo de pessoas dos diversos movimentos sociais e sindicais”, prosseguiu Borges. “Após o ato, vamos nos encaminhar para os bairros mais afastados, Nova Lima, Aero Rancho, Cidade de Deus. Vamos conscientizar as pessoas sobre essa nossa luta, pelos direitos trabalhistas”.

Nos siga no Google Notícias