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Política

Chuva frustra planos e acaba com acampamento na porta de deputado

Frio e dificuldades em manter a estrutura determinaram o fim do protesto em frente ao condomínio onde mora o deputado federal Carlos Marun

Richelieu de Carlo | 17/03/2017 10:34
Manifestantes retiram troncos da estrutura das barracas em frente ao condomínio. (Foto: Kisie Ainoã)
Manifestantes retiram troncos da estrutura das barracas em frente ao condomínio. (Foto: Kisie Ainoã)

Após três dias de protesto, manifestantes que estão acampados em frente ao condomínio Damha, onde mora o deputado federal Carlos Marun (PMDB), na Capital, se preparam para deixar o local.

Boa parte da estrutura que foi montada já foi retirada, e o número de pessoas é bem inferior a quando teve início. Chuva e dificuldades para manter estrutura foram determinantes para fim do protesto.

O grupo é contra a reforma da Previdência e escolheu o endereço como o primeiro alvo dos protestos que começaram na quarta-feira (15), dia que trabalhadores, de várias categorias e pelo Brasil todo, fizeram greve geral. Marun é o presidente da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta do Governo Federal para fazer modificações nas regras de aposentadorias.

No auge do acampamento, cerca de 300 pessoas contavam com uma estrutura com sete banheiros químicos, gerador de energia e alimentação, com direito a café da manhã, almoço e janta. Além de quatro grandes barracões com lonas, onde este grupo passou a noite, tendo inclusive chuveiro instalado no local.

Agora a situação é bem diferente. Todos os barracões e chuveiros foram desmontados, não há mais refeições disponíveis e o gerador foi desligado. Restaram apenas os banheiros químicos e cerca de 87 pessoas.

Pessoas que restaram no acampamento. (Foto: Kisie Ainoã)
Pessoas que restaram no acampamento. (Foto: Kisie Ainoã)

A partir das 14h de hoje, um ato em alusão à greve marcará o fim oficial do acampamento, porém, atos de conscientização da população serão feitos nos bairros da “periferia”, como conta Jeferson Borges, presidente UGP (União Geral dos Trabalhadores). Ele diz que a ordem da Justiça obrigando a saída dos manifestantes do local, entregue ontem, não influenciou na decisão de acabar com o movimento.

“Nós tínhamos prazo para desmontar o acampamento até às 24h do próximo sábado, mas não é por isso que estamos saindo. Como tinha muita gente, foi difícil manter a estrutura. O tempo também atrapalhou, choveu muito durante a noite e as pessoas passaram muito frio”, relatou Jeferson Borges.

“Às 14h, vamos produzir um ato simbólico marcando o fim do protesto, com o máximo de pessoas dos diversos movimentos sociais e sindicais”, prosseguiu Borges. “Após o ato, vamos nos encaminhar para os bairros mais afastados, Nova Lima, Aero Rancho, Cidade de Deus. Vamos conscientizar as pessoas sobre essa nossa luta, pelos direitos trabalhistas”.

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