Comerciantes esperam lucrar em cima de movimento de apoio ao presidente
Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), participará de cerimônia que entrega 300 imóveis na Capital
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) o aguardam em frente ao Residencial Canguru, em bairro homônimo, que receberá cerimônia nesta quinta-feira (30) e comerciantes resolveram aproveitar a oportunidade para tentar lucrar em cima de fãs bolsonaristas.
Nos arredores, alguns veículos passavam pelo bairro com pessoas gritando “mito”, em alusão a Bolsonaro, enquanto outros referenciavam o ex-presidente Lula (PT), que anunciou pré-candidatura, em provocação aos que esperavam.
Até as 8h, o local estava fechado e quem quisesse aguardar a chegada do presidente da República poderia se juntar aos demais. O evento começa às 10h30 e vai entregar 300 imóveis para famílias inscritas em programa de moradia do governo federal, que teve parte do repasse feito pelo governo do Estado e terreno cedido pela prefeitura.
Estarão presentes o ministro de Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, além dos deputados federais Luiz Ovando (PP), Loester Trutis (PL) e Tereza Cristina (PP), ex-ministra da Agricultura neste governo.
O empresário do ramo da agropecuária Rogério Gonçalves, de 43 anos, ficou sabendo da solenidade há dois dias e aproveitou para adquirir estoque de camisetas e bandeiras no atacado. “Vamos aproveitar o momento político e também vender toalhas nas próximas semanas. É um investimento que vamos fazer, para ter um retorno.”
As bandeiras para veículos custam R$ 15, segundo ele, e as vestimentas saem por, no mínimo, R$ 20.
Rogério também vai vender água, refrigerante e cerveja em frente ao local, já que está otimista que muitos moradores da região e da Capital se desloquem até as proximidades de seu ponto de venda, que fica na Rua Catiguá, em frente ao residencial, no Jardim Canguru.
Outro comerciante preferiu não se identificar, já que vende produtos, em outros momentos, não apenas do atual presidente. Ele esticou um varal em um ponto de ônibus para vender as roupas e flâmulas - as maiores saem por até R$ 120.
Elizângela Barros, de 48 anos, comprou uma bandeira e afirmou que “o Brasil precisa de coisas boas”. “Chega de PT [Partido dos Trabalhadores], o Bolsonaro está fazendo a diferença no Brasil, mesmo com o jeito dele.”
Ela prometeu que, durante as eleições deste ano, vai costurar um vestido que terá como tecido a bandeira adquirida hoje, “para usar no dia da votação”.
Também na Rua Catiguá, a proprietária do Mercado Leão, Nilza Vargas, afirma que o evento deve aumentar o fluxo de pessoas na região, que podem ser clientes do seu estabelecimento. Ela colocou mais refrigerantes e águas no estoque, mas “como foi muito de repente, não deu para organizar mais”.
A comitiva de Bolsonaro será recebida às 9h na Base Aérea de Campo Grande. A visita presidencial deverá mobilizar forças policiais e o Exército, como forma de garantir segurança. A Santa Casa de Campo Grande também foi escolhida como ponto de apoio, caso necessário.
