Comissão do Senado aprova relatório favorável ao impeachment de Dilma
Relatório recebeu aval de 15 dos 21 senadores da comissão de afastamento
Os senadores da comissão que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff(PT) aprovaram, nesta sexta-feira (6), o parecer favorável ao afastamento. Com a maioria dos 21 parlamentares, eles deram aval ao relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG). Agora o processo segue para análise de todos os senadores, que deve ocorrer na quinta-feira (11). Foram 15 votos a favor e 5 contra.
Segundo o Portal Uol, com a aprovação da comissão, o prazo é de 48 horas, sem contar o fim de semana, para o parecer ser votado em plenário. Lá, o processo só é aprovado se houver apoio da maioria simples, ou seja, 41 dos 81 parlamentares, se todos tiverem presentes.
A reunião de discussão começou por volta das 10h30, no horário de Brasília. Desde o começo houve discussão, quando o presidente do colegiado, Reimundo Lira (PMDB-PB), deu inícios aos trabalhos e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), pediu a palavra para reclamar de uma postagem nas redes sociais do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que seria contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e teria informações mentirosas, segundo Lima.
Finalizada a discussão, os líderes tiveram cinco minutos para discussão e orientação sobre seus votos. O senador Waldemir Moka (PMDB) foi um dos que discursou a favor do processo. Simone Tebet, também do PMDB, faz parte do colegiado e ambos já haviam declarado serem favoráveis ao impeachment.
Agora no plenário, se os senadores aprovarem a destituição, a presidente será afastada por 180 dias e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), assume o País. Neste período, os congressistas analisam a irregularidade na qual Dilma é acusada de cometer - as pedaladas fiscais. A presidente também se defende e, por fim, uma nova votação ocorrerá para definir de fato o destino, se Dilma Rousseff volta ao cargo, sendo inocentada, ou se deixa de uma a presidência, caso seja declarada culpada.