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Política

Coronavírus ressuscita projeto que obriga cartaz com aviso: lave as mãos

Medida aprovada é válida para restaurantes, praças de alimentação e hospitais

Jones Mário, Fernanda Palheta e Leonardo Rocha | 12/03/2020 14:09
Câmara aprovou projeto com 22 votos favoráveis, na sessão desta quinta-feira (Foto: Fernanda Palheta)
Câmara aprovou projeto com 22 votos favoráveis, na sessão desta quinta-feira (Foto: Fernanda Palheta)

A pandemia do novo coronavírus ressuscitou projeto de lei na Câmara de Vereadores de Campo Grande, que obriga fixação de avisos sobre higienização das mãos em hospitais, clínicas, restaurantes e praças de alimentação. Parado desde o ano passado, a matéria teve assinaturas recolhidas para tramitar em regime de urgência e foi aprovado na sessão desta quinta-feira (12), com 22 votos favoráveis.

O texto, de autoria dos vereadores Lívio Leite (PSDB), Cida Amaral (Pros), Wilson Sami (MDB) e Francisco Carvalho (PSB), foi protocolado na Casa legislativa em abril do ano passado. Porém, estava travado desde setembro.

Conforme o projeto, o aviso pode ser em formato de adesivo, plaqueta ou cartaz, com, no mínimo, 15 cm x 22 cm, e letras em fonte Arial Black tamanho 32, com os seguintes dizeres “AJUDE NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS - LAVE SUAS MÃOS”.

Também foi aprovado projeto que dispõe sobre o planejamento de prevenção e tratamento do coronavírus na Capital, proposto pelos vereadores Vinicius Siqueira (DEM), Odilon de Oliveira (PDT), Otávio Trad (PTB), Derly dos Reis (PP), Eduardo Romero (Rede), Lívio Leite (PSDB) e Gilmar da Cruz (Republicanos).

O texto dá 15 dias para a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) definir plano de ação e contingência para promover o controle e assistência a possíveis casos de infecção pela doença.

Uma das autoras do primeiro projeto, Cida Amaral falou em “possível catástrofe” com a expansão dos casos de coronavírus no Brasil e reforçou a necessidade de cuidados com higienização das mãos. “Adoro aperto de mãos, abraços, mas vou parar”, comentou.

Lívio Leite espera “explosão” do número de casos da doença no País, uma vez que já foram confirmadas mais de 50 ocorrências. O vereador pediu “ética” ao tossir ou espirrar, posicionando o antebraço em frente à boca.

Já Loester de Oliveira (MDB) pediu preparo às unidades de saúde de Campo Grande e disparou que o município “não tem condições de lidar com essa epidemia atualmente”.

Médico, o vereador recomendou evitar aglomerações e adiantou que ele mesmo vai passar a usar máscara “se a situação piorar”, pois, aos 72 anos, faz parte de grupo de risco.

Também da área da saúde, Eduardo Cury (sem partido) usou a tribuna e discursou brevemente sobre a pandemia do novo coronavírus.

Assembleia - O assunto repercutiu também na Assembleia Legislativa. Em geral, os deputados pediram medidas emergenciais ao Poder Executivo.

Líder do governo, Gerson Claro (PP) participou de reunião com secretários de Estado de Sáude, Geraldo Resende, e Educação, Maria Cecília da Motta, em que foram deliberadas orientações de conscientização de hábitos para prevenção da doença.

Carlos Alberto David (PSL) entende que o novo coronavírus “não pode ser tratado como brincadeira” e recomendou ações imediatas do Executivo.

Evander Vendramini (PP) salientou que a Assembleia está aberta para ajudar. Marçal Filho (PSDB) pediu melhorias na capacitação dos profissionais de saúde, principalmente no interior do Estado.

Já José Carlos Barbosa (DEM) cobrou medidas de orientação para população geral e repartições públicas.

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