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Política

Corregedor diz que ação na Assembleia mira somente gabinete de Zé Teixeira

Equipes estão na 1ª Secretaria da casa de leis, onde vasculham documentos e objetos

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 12/09/2018 09:10
Maurício Picarelli (PSDB), corregedor da Assembleia, concede entrevista. (Foto: Leonardo Rocha).
Maurício Picarelli (PSDB), corregedor da Assembleia, concede entrevista. (Foto: Leonardo Rocha).

O corregedor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Maurício Picarelli (PSDB), disse que a ação que ocorre nesta quarta-feira (dia 12), pela PF (Polícia Federal), mira exclusivamente o deputado estadual Zé Teixeira (DEM).

Equipes estão desde o início da manhã de hoje no gabinete do parlamentar, que foi preso. A sala fica na 1ª Secretaria da casa de leis, pasta que Teixeira lidera. "Essa ação não tem a ver com a Assembleia e, sim, com uma questão particular do Zé Teixeira", disse o corregedor.

Segundo Picarelli, a informação que recebeu é que, no local, são conferidos documentos. O parlamentar conversou com os agentes e disse que, após o término dos trabalhos, o advogado de Zé Teixeira deve fazer um relatório para enviar à Corregedoria da Assembleia.

O parlamentar encerrou dizendo que "todos os políticos estão sendo criminalizados". "Mas entendo que só aqueles que tiverem culpa sofrerão com seus atos". Maurício Picarelli, assim como outros integrantes da casa de leis, desconhecem a informação de que Teixeira foi preso.

Resumo - O Campo Grande News apurou que a ação é relativa ao inquérito que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre as denúncias da JBS de suposto pagamento de propinas. Equipes estiveram também na casa do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta manhã.

As denúncias, que também implicaram o ex-governador André Puccinelli (MDB), que está preso, surgiram na delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, realizada em maio do ano passado à operação Lava Jato.

Segundo os empresários, era comum a emissão de notas falsas pela compra de gado ou carne bovina para justificar o pagamento de propina em troca de incentivos fiscais. O advogado Gustavo Passarelli que atua na defesa de Reinaldo, disse que não sabe o motivo da ação.

A operação Vostok tem 14 ordens de prisão temporária e mobiliza 220 policiais. Ao todo, a PF (Polícia Federal) vai cumprir 41 mandados de buscas e apreensão. A ação é realizada em Campo Grande, Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna; e Trairão, no Pará.

 

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