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Política

CPI da Saúde prorroga prazo final para investigar falha no programa Gisa

Leonardo Rocha | 22/10/2013 13:22
CPI irá analisar melhor a questão do sistema Gisa e não descarta novas convocações (Foto: Arquivo)
CPI irá analisar melhor a questão do sistema Gisa e não descarta novas convocações (Foto: Arquivo)

A CPI da Saúde da Assembleia decidiu prorrogar os trabalhos que estavam marcados para se encerrar amanhã (23) em função de fatos e documentos novos relacionados ao sistema Gisa (Gerenciamento de Informações em Saúde). O programa foi adquirido pela prefeitura de Campo Grande por valor de R$ 10 milhões para fazer o agendamento de consultas por telefone.

O deputado estadual Amarildo Cruz (PT), presidente da CPI, destacou que o relatório final da comissão já estava pronto e seria apresentado pelo deputado Junior Mochi (PMDB), no entanto estes fatos novos terão que ser analisados com mais critério.

“Vamos definir em reunião quantos dias pediremos de prorrogação, nós sabemos que esta contratação precisa de uma análise mais apurada para que o relatório seja completo”. Amarildo destacou que novas convocações podem ser feitas, mas que o conteúdo que eles têm disponível é “robusto” e suficiente.

“Temos que ir mais a fundo neste assunto, pois um sistema que não funciona de forma satisfatória, além de aparecer questões sérias que precisam ser esclarecidas, não vamos fazer uma caça as bruxas, mas a população precisa saber o que aconteceu”, afirmou o presidente da CPI.

Relatório – A CPI da Assembleia irá enviar o relatório final ao Ministério da Saúde, MPE (Ministério Público Estadual), Tribunal de Justiça e Governo estadual. “Não iremos apenas citar quais foram às irregularidades e sim apontar soluções para o setor da saúde no nosso Estado”.

Discurso – Amarildo fez questão de ir a tribuna da Assembleia destacar que após o depoimento do deputado federal e ex-secretário municipal de saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), ele ficou com mais dúvidas sobre a contratação da empresa Telemídia.

“Esta empresa não tinha histórico e nem referencia de trabalho, porque foi escolhida? Não existe perseguição a ninguém, mas no contrato estabelecia que a empresa iria disponibilizar o sistema para que fosse alterado pela prefeitura, mas não foi feito”, disse Amarildo.

Junior Mochi, relator da CPI, ponderou que todos os dados e informações levantadas estarão no relatório final e que caberá as autoridades competentes tomar os desdobramentos cabíveis. “Não cabe a nós fazer o julgamento, antecipar os fatos ou fazer qualquer presunção, a justiça irá responsabilizar quem tiver cometido irregularidade”.

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