CPI dos Fantasmas na Assembleia só deve sair do papel semana que vem
As assinaturas já foram colhidas, mas presidente ainda precisa analisar outros requisitos para abrir ou não a investigação
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Fantasmas ficará para semana que vem. Apesar das 12 assinaturas angariadas para abertura do colegiado, o presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), ainda precisa analisar o requerimento e ver se ele atende aos três requisitos necessários e decidir pela abertura ou não.
A reportagem do Campo Grande News tentou contato com o presidente, mas ele não atendeu às ligações. Também não houve publicação no Diário Oficial da casa de leis, hoje, a respeito da abertura.
Candidato a prefeito de Campo Grande, o deputado estadual Marquinhos Trad (PSD) é autor do pedido de CPI. Ontem, ele recolheu 12 assinaturas e apresentou à presidência da Assembleia requerimento de abertura de CPI sobre funcionários fantasmas e nepotismo. A questão derivou da campanha no primeiro turno, quando Marquinhos foi acusado de receber sem trabalhar no Poder Legislativo.
Os líderes de bancada ainda não se reuniram para definir quem indicará como representante da CPI. O deputado estadual Pedro Kemp, líder da bancada petista, afirmou que vai esperar definição do presidente Mochi. “Para depois definir quem será o representante”.
Líder do bloco do PSDB, deputado Beto Pereira também vai aguardar a oficialização do colegiado. Por manter mais de cinco parlamentares, o grupo liderado pelos tucanos terá direito a indicar duas pessoas. O bloco liderado pelo PMDB afirmou que ainda não se reuniu com os membros e só discutirá o assunto quando a CPI dos Fantasmas for de fato criada.
Para ser oficializado, o grupo de investigação precisa atender a três critérios: assinaturas suficientes (o que já tem), objeto e período de apuração definidos. Se estiver tudo regular, o presidente instaura a comissão e os partidos são convocados a indicar os participantes da CPI.
"Fantasmas" - A proposta é investigar ocorrência de funcionários fantasmas na Assembleia entre 1986 e 2016, além de nepotismo cruzado com Câmara Municipal de Campo Grande, TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado) e TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).