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Política

Criado há apenas dois dias, G6 cria polêmica em Câmara Municipal

Jéssica Benitez | 02/05/2013 13:33
Zeca propõe moção de congratulação ao G6, mas não tem aprovação com facilidade (Foto: Vanderlei Aparecido)
Zeca propõe moção de congratulação ao G6, mas não tem aprovação com facilidade (Foto: Vanderlei Aparecido)

Mal foi criado e o grupo “G6” já criou polêmica na Câmara Municipal de Campo Grande. Durante sessão desta manhã o vereador e ex-governador do Estado, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, destinou moção de congratulação ao bloco independente, composto pelos vereadores Paulo Pedra (PDT), Paulo Siufi (PMDB), Alceu Bueno (PSL), Edson Shimabukuro (PTB), Carlão (PSB) e Jamal Salem (PR). No entanto,a ideia não foi bem recebida por parte da Casa de Leis.

A aprovação da moção foi decidida por meio de votação nominal. As bancadas do PTdoB e PSDB, Flávio César, Eduardo Romero , Otávio Trad, e Rose Modesto e João Rocha, respectivamente, além dos vereadores Delei Pinheiro (PSD), Grazielle Machado (PR) e Vanderlei Cabeludo (PMDB), votaram contra a moção.

A justificativa da maioria contra a congratulação foi embasada no redundante objetivo do G6 que, segundo os integrantes do bloco, é trabalhar por Campo Grande. “Constitucionalmente o papel do vereador é trabalhar pela cidade. Votei contra porque não podemos dividir a Casa. Daqui a pouco se criará um monte de grupos e aí onde está o que olha por Campo Grande?”, questionou o Romero.

Com o mesmo argumento, Flávio César também justificou seu voto. “Não vejo motivos para congratular somente seis vereadores. Se formos congratular devemos fazer isso aos 29”, opinou. Ele disse ainda que foi contra a moção porque não conseguiu perceber, até o momento, qual é o real foco do G6. “A meu ver o objetivo não ficou claro o objetivo deste bloco, afinal de contas todos nós temos que trabalhar por Campo Grande”, finalizou.

O protesto, porém, não foi suficiente para barrar a congratulação aprovada com 10 votos a favor e oito contrários. Caso a votação empatasse o responsável por resolver o placar seria o presidente da Casa de Leis, vereador Mario Cesar (PMDB). O peemedebista não precisou votar, mas preferiu externar sua opinião. “Eu votaria contrário porque sou do grupo dos 29 vereadores trabalhando por Campo Grande. É isso que a cidade merece”, avaliou.

Independentes – O G6 foi idealizado pelo vereador Paulo Siufi (PMDB) e, após ser revelado na última terça-feira, está sendo liderado por Paulo Pedra (PDT). O bloco se diz independente, mas não esconde o interesse em dialogar com o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

Neste ponto, alguns integrantes divergem em seus discursos. Siufi garante que o bloco não foi criado para haver “troca de favores” entre o G6 e o prefeito. “Vamos votar conforme for melhor para a Capital e não conforme o que quer o Bernal. Não fundamos nada para barganhar cargos com o prefeito”, disse o peemedebista na tribuna.

O discurso de Pedra, por sua vez, caminha em outro sentido. “Este grupo foi montado para realizarmos tratativa com o prefeito de forma republicano. O G6 pode ser o segundo conselho político de Bernal”, declarou o pedetista.

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