Dagoberto será o vice de Giroto, caso nenhum fato novo aconteça
O ex-deputado federal e presidente estadual do PDT, Dagoberto Nogueira, deve ser confirmado como candidato a vice-prefeito na chapa do PMDB, que tem como pré-candidato o deputado federal Edson Giroto (PMDB). Dagoberto lidera a pesquisa encomendada pelo grupo político do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), para definir o nome para a candidatura a vice.
Na sexta-feira (18), após sair de uma reunião com o prefeito Nelson Trad, Dagoberto afirmou que, conforme as pesquisas, uma chapa composta pela dupla teria destaque na corrida eleitoral. Porém, Dagoberto fez questão de dizer que não está obrigando o PMDB a ser vice e que seu principal objetivo é voltar a ser deputado federal.
O Campo Grande News apurou que o PMDB deve manter sigilo sobre o nome do vice até o fechamento das convenções partidárias, que devem ocorrer até 30 de junho. Dagoberto só deve ser retirado do posto caso alguma coisa muito diferente ocorra no cenário político.
Uma das mudanças significativas aguardadas pelo grupo do PMDB é a desistência do pré-candidato do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja. Embora Azambuja faça questão de dizer que não desistirá, há pessoas dentro do partido, com grande força política, que não estão muito animados e preferem manter a composição de vários anos com o PMDB na Capital.
A parceria com o PSDB poderia liberar a vereadora Rose Modesto (PSDB) para o posto de vice-prefeita. Ela se encaixa no perfil dito em pesquisas como o melhor, principalmente pelo fato de ser mulher. O fato da Presidência ser ocupada atualmente por Dilma Rousseff (PT) mostra uma tendência a eleição de mulheres no País. Na última eleição no Estado, os dois pré-candidatos, André Puccinelli e Zeca do PT, lançaram mulheres como vice.
Hoje, Dagoberto está em Brasília junto com o presidente municipal do PDT, vereador Paulo Pedra e o prefeito Nelson Trad. Eles visitam o ministério do Trabalho, chefiado por Brizola Neto, filiado ao PDT.
No dia 24 de março, durante reunião do PDT, com a presença de Puccinelli e do senador Delcídio do Amaral (PT), Dagoberto justificou que, após forte embate, principalmente na eleição de 2010, foi procurar o governador por causa do PDT. Ele alegou que procurou o governador em março do ano passado, para evitar baixas no PDT. Dagoberto afirma que o governador estava convidando integrantes do PDT para o PMDB e já tinha conseguido levar dois filiados com a eleição quase garantida em Angélica e Paraíso das Águas.
Segundo Dagoberto, o acordo feito com o governador foi para que ele deixasse de assediar filiados do PDT em troca de apoio do partido em sua futura candidatura ao Senado Federal, em 2014. Para justificar que não pensou apenas em si, Dagoberto disse que se tivesse agido de maneira individual, teria aceitado indicações para cargos federais.
Puccinelli já declarou por diversas vezes que não se faz política com ódio e rancor. Em resposta aos que são contrários a aliança com o PDT, o governador comparou a situação a de um técnico da seleção brasileira, que deve convocar os melhores.