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Política

Delcídio do Amaral rebate denúncia de Veja sobre "farsa" na CPI da Petrobras

Marta Ferreira | 03/08/2014 09:30
Delcídio do Amaral, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, enviou nota à imprensa sobre denúncia da revista Veja em que é citado.
Delcídio do Amaral, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, enviou nota à imprensa sobre denúncia da revista Veja em que é citado.

Citado em reportagem de capa da revista Veja que circula hoje em Mato Grosso do Sul, segundo a qual a CPI aberta para investigar irregularidades na Petrobras não passou de farsa, o senador Delcídio do Amaral defendeu-se em nota enviada à imprensa. A revista envolve o senador petista, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, em uma trama para beneficiar os dirigentes e ex-dirigentes ouvidos pela CPI, que, segundo conversa em vídeo obtido pela publicação, teriam sido informados com antecedência das perguntas que responderiam e recebido de técnicos da empresa as respostas.

Em sua nota distribuída aos veículos de imprensa, Delcídio diz que foi pego de surpresa pela matéria e rejeita qualquer envolvimento com a CPI. Diz ele, no texto, que acompanhou as apurações de longe e pela imprensa. “Fui surpreendido hoje com a matéria sobre a CPI da Petrobras, publicada na edição nº 2385 da revista Veja, envolvendo meu nome numa suposta preparação de perguntas aos depoentes desta CPI, baseado numa 'suposta' gravação feita por uma 'canetinha', onde uma terceira pessoa 'supostamente' cita meu nome”, escreve o senador.

Na sequência, Delcídio diz que rejeita “com grande indignação” a suposição de que tenha participado da articução de depoimentos “de quem quer que seja nas duas CPIs da Petrobras em andamento no Congresso Nacional”.

A nota prossegue elencando quatro considerações do candidato a respeito da denúncia de veja, entre elas a última, em que admite apenas contato “institucional” com José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da Petrobras em Brasília. É Barrocas, segundo a Veja, que aparece em um vídeo, combinando o envio de perguntas e respostas a Graça Foster, presidente da estatal, ao ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e ao ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró.

Delcídio diz que seu contato com Barrocas foi exclusivamente para fazer a “interface entra a companha e os membros do Congresso Nacional”.

Confira abaixo as colocações de Delcídio na nota:

"1-Todos que me conhecem, inclusive o repórter que assina a matéria, podem atestar meu comportamento de total isenção e imparcialidade nos trabalhos por mim desenvolvidos no Congresso Nacional.

2-Esse fato é reconhecido pelo próprio jornalista quando lembra, na reportagem, da maneira republicana que conduzi os trabalhos na CPMI dos Correios, que tive a honra de presidir.

3-Em função das eleições de 2014 não sou membro de nenhuma das duas CPIs da Petrobras, cujos trabalhos tenho acompanhado à distância e superficialmente, pela própria mídia.

4-Confirmo meu contato, institucional, com o sr. José Eduardo Barrocas por ser ele o chefe do escritório da Petrobras em Brasília com a função de fazer a interface entre a companhia e os membros do Congresso Nacional.

Independentemente dos fatos, até por uma questão de convicção e coerência, continuarei sendo um defensor empedernido da Petrobras e do seu competente corpo técnico composto por homens e mulheres que construíram essa grande empresa, que tive a honra de trabalhar.

Delcídio do Amaral"

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