Depois de analisar imagens de drones, PM conta 100 mil pessoas na Capital
Depois de analisar as imagens de drones que acompanharam o trajeto da manifestação contra a presidente Dilma Rousseff e o PT, na Avenida Afonso Pena na tarde de ontem, a Polícia Militar atualizou o número de participantes, de 60 mil para 100 mil pessoas. A organização do evento fechou em 110 mil manifestantes, o maior ato político desde o início dos protestos contra o governo federal, março de 2015.
Segundo o tenente coronel Renato Tolentino às 21 horas, após análise das imagens dos drones (veículo aéreo não tripulado e controlado remotamente por pessoas que estavam na manifestação) o número foi fechado em 100 mil participantes. Antes, porém, ao final da caminhada, por volta das 18 horas, ele havia informado à reportagem do Campo Grande News, que a marcha tinha 60 mil manifestantes.
“Contamos quatro pessoas por metro quadrado e nas imagens avaliadas foram cerca de 2 quilômetros de filas na avenida”, explicou o coronel, acrescentando que havia muita gente concentrada ao longo da Afonso Pena e nos canteiros. Renato Tolentino lembrou que durante a marcha havia contabilizado 40 mil pessoas, número que passou para 60 mil ao final, dados que foram atualizados depois.
Ao final da manifestação, não havia um consenso na organização do evento em relação à quantidade de participantes. Divulgaram números diferentes. Uma das colaboradoras do movimento Reaja Brasil, Juliana Pontes, chegou a falar em 150 mil pessoas. Já Soraya Thronicke, outra líder do mesmo movimento, divulgou 100 mil manifestantes, por volta das 18h30min.
Conforme Soraya Thronicke, após uma reunião de avaliação do manifesto, realizada ontem à noite, a organização fechou em 110 mil pessoas. “Se houver qualquer boa notícia nos próximos dias podemos realizar outro manifesto a qualquer momento. Será espontâneo a participação das pessoas”, explicou ela, referindo-se a possibilidade de renúncia ou cassação da presidente Dilma, uma vez que o impeachment é um processo mais demorado, em sua avaliação.
Soraya disse ainda que a organização nacional não tirou uma nova data fixa para outro ato, como já aconteceu anteriormente. Tudo vai depender das consequências da manifestação de ontem.