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Política

Deputado anuncia que volta ao trabalho usando tornozeleira eletrônica

Ângela Kempfer | 02/02/2021 15:18
Deputado estadual Jamilson Name durante sessão na Assembleia Legislativa, no início de 2020. (Foto: Divulgação)
Deputado estadual Jamilson Name durante sessão na Assembleia Legislativa, no início de 2020. (Foto: Divulgação)

O deputado estadual Jamilson Name (sem partido) anunciou nesta terça-feira (2), em ligação telefônica feita ao Campo Grande News, que volta ao trabalho amanhã na Assembleia Legislativa, com tornozeleira eletrônica.

Segundo o parlamentar, assim que foi oficiado pela Justiça, ele procurou a Agepen (Agência do Sistema Penitenciário) e providenciou a instalação do equipamento. Ele não participou da solenidade de retorno aos trabalhos na manhã de hoje.

Sobre o processo que levou a ordem de uso do dispositivo de monitoramento, Jamilson diz estar “tranquilo”, confiante de que irá provar inocência.

O deputado também lembrou que amanhã a Assembleia Legislativa vai analisar ofício do juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho, sobre o uso de tornozeleira, que havia sido encaminhado com pedido de aval do Legislativo. "Vou estar na Assembleia, mas não participo da sessão", explicou.

O pedido perde a força porque na sexta-feira passada (29), o juiz acatou recurso impetrado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e determinou uso imediato do equipamento por Jamilson, independente da avaliação da Assembleia.

No dia 22, Jamilson já tinha cumprido parte de outra decisão judicial, que era a de entregar seu passaporte à Justiça, já que ele está impedido de viagem para fora do país. Sobre as sanções, o parlamentar informou que a defesa já entrou com recurso no Tribunal de Justiça alegando a necessidade de votação na Assembleia.

“No nosso entendimento, todas as decisões referentes aos parlamentares têm de ter o aval da Assembleia Legislativa, qualquer que seja a medida restritiva”,  argumenta o advogado Gustavo Passarelli.

O deputado é réu na Operação Omertà, que investiga rede do crime organizado responsável pela jogatina em Campo Grande e formação de milícia armada.

Seu pai, Jamil Name, é tido com o chefe da organização e está preso em Mossoró (RN), na penitenciária federal localizada no município. Também está lá, seu irmão, Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho.

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