Deputado reclama de danças “eróticas” em escolas e quer proibição em MS
Renan Contar (PSL) disse que não vai perseguir nenhum estilo musical e que projeto é "em nome dos princípios da família"
Projeto apresentado pelo deputado estadual Renan Contar (PSL), nesta terça-feira (10), promete muita discussão na Assembleia Legislativa. O parlamentar admite que não se inspirou em um caso específico, mesmo assim quer proibir danças “eróticas” nas escolas públicas e privadas de Mato Grosso do Sul.
O texto diz que ficam proibidas “danças em eventos e manifestações culturais cujas coreografias sejam obscenas, pornográficas ou exponham as crianças e adolescentes à erotização precoce”. O projeto define ainda como obscenas ou pornográficas “coreografias que aludam à prática de relação sexual ou ato libidinoso”.
Apesar de ser conhecido por falar de sexo abertamente de sexo, o funk, segundo o deputado, não é o único alvo da proibição. “Não vou perseguir nenhum estilo [musical], pode até ser um tango”, explicou.
A proposta considera ainda como “âmbito escolar” as atividades promovidas pelas escolas, “dentro ou fora do seu espaço territorial”.
Contar afirma que apresentou o projeto “em nome dos princípios da família e do civismo”. O objetivo, segundo ele, é “proteger crianças da erotização precoce”.
O deputado afirma que a proposta não está relacionada a denúncia que tenha chegado até ele pou algo que presenciou, mas numa preocupação dele. “Existe uma inversão de valores na sociedade e isso está chegando às escolas. Crianças tem inocência e não podem ser submetidas a esses comportamentos”.
A lei não fala em punição para a escola que desrespeite as regras.