Deputados não cedem e impasse continua em principal comissão
O bloco do PSDB pode exigir mudança em todas comissões
Os deputados Lídio Lopes (PEN) e Beto Pereira (PSDB) ainda não chegaram a um acordo, sobre o comando da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), gerando impasse entre os blocos do PMDB e PSDB. Se não tiver solução, pode haver mudança nos integrantes de todas as comissões do legislativo.
"Não tivemos nenhuma conversa hoje (23), mas o que peço é que o acordo entre os blocos seja cumprido, com o PSDB indicando o presidente, se não tiver, vamos exigir as três vagas que temos direito, em todas as comissões", disse Beto Pereira (PSDB), líder do bloco tucano.
Já Lídio Lopes (PEN) também manteve a mesma postura, dizendo que havia um acordo anterior a este, em que ele continuaria como presidente da CCJR.
Para o 1° secretário da Casa de Leis, Zé Teixeira, este impasse existe apenas nesta comissão. "Cria este embaraço e ciumeira que se tem no parlamento, espero que haja um acordo".
O líder do Governo, Rinaldo Modesto (PSDB), espera que o assunto seja superado após o carnaval, para que não haja prejuízos em projetos e discussões na Casa de Leis. "Por enquanto nada foi resolvido, mas vamos torcer para que os líderes conversem e se chega a um consenso".
Pedro Kemp (PT), que presidente a comissão (CCJR) de forma provisória, avalia que os dois lados estão "irredutíveis" e que pode haver uma nova distribuição de vagas nas comissões. "Até agora não parece que vai existir acordo, vamos aguardar o carnaval".
Mudança - Existia um "acordo de cavalheiros" entre os blocos do PSDB e PMDB, para que cada um indicasse dois representantes nas comissões, e a bancada do PT, completasse os grupos, com um integrante.
Se não houver este acordo, em relação a presidência da CCJR, o bloco tucano pode exigir o cumprimento do regimento, que prevê três vagas para o seu grupo, por dispor de 12 deputados. Já o PMDB, com 8 integrantes, teria apenas uma indicação, assim como os petistas. Isto mudaria toda a distribuição das comissões permanentes da Casa de Leis.
Questionado se este impasse poderia "atrasar" a tramitação das reformas, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que espera uma solução ao "impasse", para a semana que vem, mas ponderou que é um assunto interno da Assembleia e que não iria interceder no assunto.