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Política

Deputados também contestam saída do Juizado especial das Moreninhas

Leonardo Rocha | 14/02/2014 11:08
Marquinhos diz que juizados foram criados para atender a população mais distante e mudança será prejudicial (Foto: Divulgação)
Marquinhos diz que juizados foram criados para atender a população mais distante e mudança será prejudicial (Foto: Divulgação)
Cabo Almi ressalta que esta mudança irá beneficiar apenas o Tribunal e não a população mais carente (Foto: Divulgação)
Cabo Almi ressalta que esta mudança irá beneficiar apenas o Tribunal e não a população mais carente (Foto: Divulgação)

Após manifestação de moradores e vereadores da região das Moreninhas, os deputados estaduais também contestaram o fechamento do Juizado Especial que funcionava no bairro, que será transferido para área onde funcionava o Shopping 26 de Agosto, que após desapropriação, irá sediar juizados do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

O deputado Marquinhos Trad (PMDB) afirmou que a população local será prejudicada, pois dificultará a ida até a área central da cidade, quando antes o juizado ficava perto de sua casa. “O cidadão de baixo poder aquisitivo que sequer tem passe de ônibus, deixará de buscar a justiça por ser impedido de chegar até ela”.

Na Capital existem três juizados especiais, além do das Moreninhas, possui um na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e outro na Rua Joaquim Murtinho. “Os juizados especiais foram criados para que o judiciário se aproxime da população e não o contrário”, disse Marquinhos.

Segundo ele, o tribunal das Moreninhas funciona a 15 anos no local, possui três mil processos em andamento e 50 pessoas são atendidas por dia, atingindo uma população de 140 mil pessoas.

Para o deputado Cabo Almi (PT) esta mudança irá trazer apenas “comodidade” para o Tribunal de Justiça, já que vai prejudicar a população mais carente da região. “Causará desconforto para uma grande parcela da população. Muitos, certamente, deixarão de buscar seus direitos”.

Marquinhos espera marcar uma audiência com o presidente do TJ-MS, o desembargador Joenildo de Souza Chaves, para tentar “retroceder” esta decisão.

O vereador Chiquinho Telles (PSD) também já requisitou uma reunião com Joenildo e com a juíza titular do local, Elisabeth Rosa Baisch.

O Tribunal se justifica dizendo que o antigo shopping 26 de Agosto tem “excelente” localização e irá proporcionar fácil acesso aos cidadãos que necessitem usar o serviço.

Desapropriação - O governador André Puccinelli (PMDB) desapropriou, por meio de decreto, o prédio do Shopping 26 de Agosto, após fracasso do centro comercial que estava no local.

Com investimento de R$ 25 milhões, o shopping abriu as portas em setembro de 2011, apostando na linha popular, com produtos importados da China.

Para os comerciantes, a linha popular, com produtos importados da China, espalhados em estandes não caiu no gosto dos campo-grandenses. Aliado a isso, eles creditam o fracasso ao abandono do espaço.

O Tribunal de Justiça pagou R$ 38 milhões pela área do térreo, com 4.465 metros quadrados, além do subsolo, utilizado como estacionamento, e a uma laje, que poderia servir no futuro para possíveis novos pavimentos, chegando a uma área total de 13.272,77 m2.

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