Desistência de Simone leva Odilon a adiar registro de candidatura
PDT havia marcado para a tarde desta segunda-feira a apresentação de documentos à Justiça Eleitoral, mas adiou compromisso de olho na possibilidade de ganhar aliados
O PDT adiou o registro da chapa majoritária na qual seu candidato a governador, Odilon de Oliveira, vai disputar as eleições deste ano. A medida foi resultado da desistência da senadora Simone Tebet (MDB) em disputar o pleito, o que, conforme a assessoria do pedetista, poderá atrair mais aliados para seu grupo político.
Odilon havia previsto registrar sua candidatura a governador, a do vice, o Pastor Marcos Vítor (PRB), e a dos candidatos a senador Pedro Chaves (PRB) e Humberto Figueiró (Podemos), bem como dos suplentes, às 14h desta segunda-feira (13). Em nota, o PDT informou que o ato para formalizar a candidatura ficou para quarta-feira (15) “em horário a ser comunicado”.
O adiamento, reforçou o partido, é resultado de “negociações com outros partidos políticos que devem apoiar o candidato do PDT, com a decisão da desistência da candidatura da senadora Simone Tebet”.
Debandada – Simone confirmou em nota, na noite de domingo (12), que deixava a disputa eleitoral por questões particulares. Ela afirmou que havia atendido a pedido do ex-governador André Puccinelli (MDB), preso na operação Lama Asfáltica, para o substituir no processo eleitoral, levando-se pela “emoção”.
Além de confirmar sua saída do páreo eleitoral, Simone indicou o seu candidato a vice, o procurador de Justiça Sérgio Harfouche (PSC), como substituto –primeiro candidato ao Senado, ele havia aceitado a solicitação do partido no Estado e assumindo candidatura ao governo, porém, apontando imposições da cúpula nacional, aceitara indicação para a vice de Simone, fato que gerou mal-estar durante a convenção social cristã em 4 de agosto.
A inscrição de Simone na disputa já havia feito o MDB perder três aliados –Avante, PMN e Patriota optaram por se alinhar à candidatura de Reinaldo Azambuja (PSDB) à reeleição.
Em paralelo, um grupo de aliados do MDB avalia deixar a coligação, também insatisfeitos com a segunda substituição de candidato. PTC, PR, PHS, PRTB, DC e PRP cogitam, inclusive, lançar outro candidato ao governo, ao passo que os próprios emedebistas admitiram a possibilidade de se alinhar a Odilon.