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Política

"Distribuindo dinheiro para garantir aprovação", diz Dagoberto sobre emendas

Deputado não vê problema em antecipar recurso, mas afirma que objetivo do Governo Federal é garantir apoio

Jackeline Oliveira | 26/05/2023 11:54
Deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) na Câmara Federal (Foto: Divulgação)
Deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) na Câmara Federal (Foto: Divulgação)

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) afirmou que o presidente Lula (PT) está liberando recursos visando a aprovação do Congresso Nacional em matérias importantes para o Governo Federal.

“O governo é obrigado a pagar, então ele está antecipando os pagamentos para contemplar os deputados e montar a base para aprovar todas as propostas que está fazendo”, diz o parlamentar.

Dagoberto aproveitou para criticar o grupo denominado centrão: “Nós temos um tal de centrão que é um povo pragmático, se não der recurso pra eles, eles não votam”.

Para o deputado, o governo não está errado em antecipar os recursos, ele lembra que antes os pagamentos eram feitos de forma diferente, pela força política, e que hoje é feito para ganhar a aprovação da bancada.

“Não vejo prejuízo em antecipar esses recursos, o governo precisa aprovar matérias importantes e se não fizer isso, não passa. Infelizmente, os pagamentos são para garantir a simpatia e aprovação do congresso”, afirma Dagoberto.

O deputado aproveitou a ocasião para afirmar que é contra todas as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) instauradas, alegando que o momento é de focar na Reforma Tributária. “Não é a hora de mexer com CPI, temos que focar em votar a Reforma Tributária, sou contra todas, essas pautas deveriam ficar para o segundo semestre”, finaliza Dagoberto.

Quem também credita o pagamento de recursos como forma de avalizar a aprovação das matérias é a senadora Soraya Thronicke (União Brasil) que, durante entrevista à Globo News nesta manhã (26), afirmou que o governo tenta “conquistar a simpatia do Congresso”, através desses pagamentos.

Os discursos são referentes ao montante de R$ 1 bilhão liberados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia da votação do arcabouço fiscal, configurando a maior distribuição de recursos realizada em um único dia.

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