ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 31º

Política

Divididos, magistrados do TRE deixam para esta sexta decisão sobre "lei seca"

Definição sobre venda de bebidas alcoólicas ficará para o último dia e será tomada no plenário

Gabriel Neris e Humberto Marques | 04/10/2018 18:00
Sessão foi realizada no final da tarde desta quinta-feira no TRE-MS (Foto: Arquivo)
Sessão foi realizada no final da tarde desta quinta-feira no TRE-MS (Foto: Arquivo)

Os magistrados do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) ainda estão divididos sobre o veto de venda da bebida alcoólica durante a eleição no próximo domingo. A decisão deve ser tomada nesta sexta-feira pela manhã em plenário.

O desembargador João Maria Lós defendeu que os comerciantes podem sofrer prejuízos com a queda no movimento, mas concordou que em determinados locais não é possível controlar o movimento. Ele disse que Campo Grande está bem policiada e que não deve registrar tumulto, porém no interior do Estado há locais sem policiamento adequado para garantir tranquilidade durante o período de votação.

O magistrado ainda sugeriu que bares e restaurantes abram normalmente na Capital e aqueles localizados no interior não vendam bebida alcoólica durante determinado período. A presidente do TRE-MS, desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, considerou que liberar a venda em um município e fechar para os demais não seria o adequado.

O juiz Clorisvaldo Rodrigues dos Santos citou que já trabalhou em municípios como Rio Verde e Ponta Porã e considerou difícil imaginar que os eleitores se mantenham abstêmios. O juiz Cezar Luiz Miozzo aponta que na Capital existem locais com o mesmo tipo de problema.

Durante a discussão os magistrados também discutiram quais tipos de estabelecimentos poderiam vender bebidas alcoólicas no domingo. A Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) solicitou que restaurantes possam comercializar cervejas e vinhos no período do almoço para clientes que estiverem consumindo nos locais.

O presidente da Abrasel-MS, Juliano Wertheimer, diz que a movimentação de clientes devido ao período eleitoral cai 20%. "As pessoas se programam para fazer churrasco em casa. É um dia dia que tiram para ficar em casa esperando o resultado das eleições", disse.

Segundo ele, os estabelecimentos não sofrem grande prejuízo e também reduzem equipes em períodos como este. "Os restaurantes têm flexibilidade de atender mais ou menos pessoas. Não interfere muito na rotina", disse o empresário, que aguarda a definição da portaria do TRE-MS sobre a lei seca.

Nos siga no Google Notícias