Dono da MDR questiona participação da Salute em pregão da prefeitura
O proprietário da empresa MDR, Mamed Dib, questionou a participação da empresa Salute no pregão realizado pela prefeitura no mês de junho. Ele afirmou durante reunião da CPI do Calote, que os preços apresentados pela empresa eram muito abaixo do mercado e que por isso ela venceu as concorrentes em todos os itens apresentados.
Mamed destacou que a Salute apresentou valores abaixo do “preço de custo” e que a atitude levantou desconfiança entre os concorrentes. “Quando ela (Salute) mostrou o valor do achocolatado bem abaixo dos outros, todos desconfiaram, mas quando abriu os outros itens, achei a situação muito estranha”, descreveu ele.
A Salute levantou “questionamentos” dos vereadores e integrantes da CPI, depois de ter ganhado o contrato emergencial de R$ 1,5 milhão, apesar de ter um capital social de apenas R$ 50 mil. A empresa será responsável pela distribuição de alimentação nos Ceinfs (Centro de Educação Infantil) e terá que fornecer 43 itens de alimentos.
Visita - Os vereadores então decidirão visitar a empresa para analisar “in loco” a sua estrutura e capacidade. Chegando lá, eles encontraram a sede “oficial” fechada, sem a menor movimentação de funcionários. Flávio César (PT do B) chegou a afirmar que a empresa era de “fachada”.
O MPE (Ministério Público Estadual) também abriu um procedimento preparatório, no último dia 18 de julho, para investigar possíveis irregularidades no processo licitatório vencido pela Salute. O processo ficará sob a responsabilidade do promotor Fabrício Proença, da 29° Promotoria do Patrimônio Público e Social.
Sem contrato – O vereador Elizeu Dionísio (PSL), relator da CPI do Calote, quer saber da prefeitura que empresa forneceu alimentação aos Ceinfs durante os meses de junho e julho. A Salute vai assumir a tarefa a partir de agosto e a MDR entregou de abril a maio. “Quem forneceu estes alimentos? Qual foi o contrato? A prefeitura terá que explicar esta situação”, destacou Elizeu.