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Política

Dourados mantém número de deputados estaduais, mas perde vaga na Câmara Federal

Helio de Freitas, de Dourados | 06/10/2014 10:51
Após dois mandatos de deputado federal, Marçal Filho não conseguiu se reeleger (Foto: Câmara dos Deputados)
Após dois mandatos de deputado federal, Marçal Filho não conseguiu se reeleger (Foto: Câmara dos Deputados)

O município de Dourados perdeu representatividade política nas eleições de 2014. Sem nenhum representante nas chapas majoritárias com cacife eleitoral, a cidade agora tem apenas um representante na Câmara dos Deputados, Geraldo Resende (PMDB), reeleito com 87.504 votos.

Marçal Filho (PMDB), o outro representante de Dourados na Câmara Federal, ficou pelo caminho. Com 39.852 votos, o radialista fica fora do Congresso Nacional após dois mandatos. Ele ainda viu a esposa, a também radialista Keliana Fernandes (PSC), ficar fora da Assembleia após receber 11.072 votos.

Considerado a opção para quem não queria votar em Geraldo ou Marçal, o também radialista e vereador Marcelo Mourão (PSD) recebeu 12.835 votos e não conseguiu se eleger.

Com 210 mil habitantes e 147,6 mil eleitores, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul também viu “encolher” em potencial de votos os seus deputados estaduais. Embora tenha mantido o número de cadeiras – quatro – os eleitos tiveram menos votos que o esperado.

Dos 24 deputados estaduais eleitos ontem, o douradense mais bem votado foi José Teixeira (DEM), com 32.069 votos. Depois aparece o ex-presidente da Sanesul José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSB), candidato apoiado pelo prefeito Murilo Zauith (PSB) e pelo deputado Geraldo Resende, com 21.554.

O ex-deputado federal João Grandão (PT) recebeu 21.127 votos e assume uma cadeira na Assembleia em 2015, mas sua eleição tirou um douradense do Legislativo estadual, o ex-prefeito Laerte Tetila, também do PT, que recebeu 15.459 votos. O quarto representante de Dourados na AL é o deputado estadual eleito com menor número de votos, o médico George Takimoto, escolhido por 16.586 eleitores.

A cidade teve 22 candidatos a deputado estadual. Os representantes locais tiveram de enfrentar também os candidatos de fora, que aproveitaram o segundo maior colégio eleitoral do Estado para pedir votos.

Um deles foi eleito como o quarto mais bem votado de Mato Grosso do Sul – o ex-prefeito de Ivinhema Renato Câmara (PMDB). Com residência em Dourados, mas domicílio eleitoral na cidade da qual foi prefeito por duas vezes, Renato Câmara montou uma grande estrutura de campanha na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

Vereadores – Dourados teve sete vereadores candidatos nas eleições deste ano e nenhum conseguiu se eleger. Além de Marcelo Mourão que não conseguiu chegar à Câmara dos Deputados, Virgínia Magrini (PP) foi candidata à vice-governadora do seu correligionário Evander Vendramini – quarto colocado nas eleições estaduais, com 0,82% dos votos válidos.

Cinco vereadores douradenses foram candidatos a deputado estadual. Délia Razuk (PMDB) foi a mais bem votada de todos. Ela teve 19.938 votos, mas ficou de fora pelo quociente eleitoral.

Outro vereador douradense que não conseguiu se eleger foi o Pastor Sergio Nogueira (PSB). Em plena campanha eleitoral, ele criou polêmica ao propor que gays fossem levados para uma ilha e deixados lá por meio século, para provar, segundo ele, que não tem como existir família sem a relação entre homem e mulher. Sergio recebeu 8.689 votos.

Nelson Sudário (PSC), também vereador e radialista, teve 1.868 votos e o experiente vereador Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PDT) recebeu 1.257 votos.

Com exceção dos eleitos pelo voto direto, outro douradense que pode ser apontado como vencedor é o pecuarista Celso Dal Lago, suplente da senadora eleita Simone Tebet (PMDB).

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