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Política

Edil pede a apreensão de celulares dos outros vereadores e de Bernal

Paulo Yafusso | 21/10/2015 20:08
Vereador Edil Albuquerque e o advogado Rene Siufi, ao deixarem a sede do Gaeco no dia 25 de agosto, após prestar depoimento (Foto: Marcos Ermínio)
Vereador Edil Albuquerque e o advogado Rene Siufi, ao deixarem a sede do Gaeco no dia 25 de agosto, após prestar depoimento (Foto: Marcos Ermínio)

O advogado Rene Siufi, em nome do vereador Edil Albuquerque (PMDB), entrou com representação no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), pedindo que seja requerido ao desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva a apreensão e perícia dos celulares dos demais vereadores e também do prefeito Alcides Bernal (PP). Ele disse que a providência foi tomada a partir das declarações dadas pelo vereador Jamal Salem (PR) no Legislativo Municipal nesta terça-feira, de que Alcides Bernal teria oferecido dinheiro aos vereadores para que votassem contra a sua cassação.

“Se o Jamal declarou que o Bernal ofereceu a compra de voto, solicitei ao Gaeco a igualdade processual. Isso precisa ser apurado e se o Jamal disse isso deve ter alguma coisa nos celulares, se apreenderam e periciaram dos outros vereadores que seja feito o mesmo com os demais”, afirmou Rene Siufi. Para ele, caso o vereador do PR não tenha dito a verdade, que seja então responsabilizado pelo ato.

“Alguma coisa deve ter nos celulares, deve ter indícios de outras irregularidades”, declarou o advogado. Ele disse que, caso o Gaeco não atenda o pedido, irá entrar com representação diretamente ao desembargador do caso, Luiz Claudio Bonassini da Silva. “As denúncias feitas pelo Jamal são graves e devem ser apuradas”, destacou Siufi.

Jamal já havia solicitado ao presidente da Comissão de Ética, João Rocha (PSDB) que requeresse ao Gaeco a apreensão e análise dos celulares dos aliados de Bernal, os vereadores Luiza Ribeiro (PPS), Cazuza (PP), Alex do PT, Ayrton Araújo (PT), Paulo Pedra (PDT) e do deputado federal Zeca do PT, que na época da cassação do prefeito era vereador. Como a investigação do Gaeco é referente a cassação de Bernal, se o pedido de Edil Albuquerque seja aceito, devem ser apreendidos os aparelhos daqueles que cumpriam mandado na época em que as articulações paa a retirada do progressista começaram.

Durante a Operação Coffee Break tiveram os celulares apreendidos e periciados os vereadores Mário César, Edil Albuquerque e Paulo Siufi (todos do PMDB), Airton Saraiva (DEM), Waldeci Batista Nunes, o “Chocolate” (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlos Augusto Borges, o “Carlão” (PSB), Edson Shimabukuro (PTB) e Jamal Salem (PR), o ex-vereador Alceu Bueno (sem partido), e os empresários João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, Fábio Portela Machinsky e João Roberto Baird, proprietário da Itel Informática. Também tiveram os aparelhos apreendidos Flávio César, Otávio Trad (ambos do PT do B) e Eduardo Romero, que nesta semana trocou o PT do B pela Rede. Além do prefeito afastado Gilmar Olarte.

Os laudos das perícias foram entregues ao Gaeco na semana passada. São cerca de 400 mil páginas de informações que foram recuperadas pelos peritos do IC (Instituto de Criminalística). Todo o matéria está nas mãos de quatro analistas do serviço de inteligência do Gaeco.

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