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Política

Em cavalgada, prefeito interrompe estudantes e gera revolta na população

Vídeo circula nas redes sociais mostra Maycon Queiroz dizendo que “o povo quer ver cavalo”

Por Fernanda Palheta | 03/07/2024 13:39


Durante a 33ª edição da Cavalgada de Comitivas de Paranaíba, realizada no último domingo (30), o prefeito da cidade localizada a 407 quilômetros de Campo Grande, Maycon Andrade (PSDB), conhecido como “Maycon Doido”, atrapalhou a apresentação da banda municipal Dra. Cláudio Robalinho de Queiroz. As crianças e adolescentes não conseguiram tocar o repertório de cerca de 4 minutos e a interrupção gerou revolta na Cidade.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, o prefeito aparece montado em cavalo e com o microfone reclama da organização. “Alô organização, cadê a organização? A nota de vocês é zero. Vamos colocar a cavalgada para andar, tenho que chegar até meio-dia, vamos por para andar. A organização de vocês é nota zero, o povo quer ver é cavalo”, disse.

Maycon ainda pede para seguir “sem faixa, sem homenagem, sem nada”. No trecho as imagens ainda mostram os integrantes da banda sem reação.

Nas redes sociais, o professor da banda, Saulo Jesus, compartilhou pediu desculpas aos alunos. “Não conseguimos tocar o Pout Pourri que tínhamos ensaiado, infelizmente não foi possível tocar todas as músicas. Venho pedir desculpas aos meus alunos porque eu sei do comprometimento de cada um, que de segunda a sexta-feira sai de suas casas e vão até a banda praticar, por muitas horas, para que consigam fazer boas apresentações”.

O caso presidente municipal do PSOL (Partido Socialismo de Liberdade) e pré-candidata a Prefeita, Margila Leal, protocolou nesta terça-feira (2), um pedido de cassação do mandato de Maycon. No documento ela acusa o prefeito de usar "linguajar esdruxulo e desrespeitoso".

“É notório que o chefe do executivo, de qualquer município, deve prezar pelos princípios básicos da administração pública, dentre eles, urbanidade e moralidade, onde notadamente não fora aplicada”, diz. Ela fundamenta o pedido de cassação afirmando que o prefeito procede “de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”.

Margila ainda acusa Maycon de ferir o artigo 232 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que prevê pena de detenção de seis meses para quem "submeter crianças ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento. foi parar na Câmara Municipal de Paranaíba.

A reportagem entrou em contato com o prefeito Maycon Queiroz, mas até a publicação desta matéria não teve retorno.

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