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Política

Em encontro com Reinaldo, Fiems e Famasul defendem incentivos fiscais

Durante esta terça-feira, governador também visitou OAB, Tribunal de Justiça e Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos

Nyelder Rodrigues | 23/05/2017 19:53
Reinaldo fez visitas a várias instituições nesta terça-feira, entre elas a Fiems, onde conversou também com Fecomércio e Famasul (Foto: Divulgação/Fiems)
Reinaldo fez visitas a várias instituições nesta terça-feira, entre elas a Fiems, onde conversou também com Fecomércio e Famasul (Foto: Divulgação/Fiems)

Em uma das visitas a pelo menos cinco instituições nesta terça-feira (23) em Campo Grande, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi até a Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) tratar de assuntos de interesse da economia regional, como os incentivos fiscais, importante instrumento de desenvolvimento.

Além da Fiems, foram visitados hoje o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul) e Assembleia Legislativa, prestando esclarecimentos sobre sua citação nas denúncias feitas em delação de Wesley Batista, um dos irmãos que são donos dos frigoríficos JBS.

No encontro, Reinaldo conversou com os presidentes da Fiems, Sérgio Longen, e da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Mauricio Saito. "Um Estado com as particularidades de Mato Grosso do Sul precisa de incentivos para atrair empresas e indústrias", defendeu Longen durante a reunião.

Longen também afirma que as denúncias devem ser apuradas e ainda pediu que as denúncias e investigações não atrapalhem o setor industrial. "A luta da Fiems pela concessão de incentivos fiscais é legítima e o Estado só detém a posição de liderança no desenvolvimento industrial graças às ações construídas neste sentido", completa.

O presidente da Fiems ainda classificou como "desqualificadas" as denúncias de Wesley Batista, já que acabam jogando em uma vala comum e indiretamente criminalizando todas as concessões de incentivos dada pelo Estado.

Reinaldo apresentou cópia da denúncia e fez sua defesa aos empresários (Foto: Divulgação)
Reinaldo apresentou cópia da denúncia e fez sua defesa aos empresários (Foto: Divulgação)

"Ao condicionar a concessão de incentivos fiscais ao pagamento de propina, os denunciantes jogaram em uma vala comum os 1.199 empresários detentores de termos de acordo em Mato Grosso do Sul. Não posso falar em nome dos outros 1.198 empresários, mas eu nunca dei R$ 1 em troca da renovação de benefícios fiscais para a minha empresa", frisa Longen.

Saito foi outro que defendeu a importância dos incentivos, citando como exemplo a "crise de abundância" que está por acontecer no setor agrícola, já que metade da última safra de soja ainda está armazenada e o ano deve ter recorde no milho.

"Diante da incapacidade de armazenamento desses grãos, firmamos um termo de acordo que garantirá o escoamento da produção. Sem isso, simplesmente não teríamos como armazenar esse excedente produtivo", destaca o presidente da Famasul ao falar sobre a importância dos incentivos fiscais em Mato Grosso do Sul.

Esclarecimentos - Durante a visita, Reinaldo apresentou uma cópia da denúncia da JBS, com uma planilha onde constam valores que os donos da empresa dizem ter sido pagos como propina, fato veementemente negado pelo governador.

A JBS, assim como diversas outras empresas, fez doações oficiais para a minha campanha ao Governo do Estado em 2014, todas devidamente contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Estão utilizando essa informação de maneira distorcida, e cabe a eles o ônus da prova", dispara Reinaldo.

O governador ainda ressalta que está de consciência tranquila e a disposição da Justiça "com a minha defesa em mãos". Ele ainda fez um comparativo de valores, afirmando que os valores ditos como propina coincidem com os doados oficialmente para a campanha, via PSDB, caracterizando aí a distorção de fatos.

Ao fim do evento, representantes do empresariado saíram satisfeitos com os esclarecimentos (Foto: Divulgação)
Ao fim do evento, representantes do empresariado saíram satisfeitos com os esclarecimentos (Foto: Divulgação)

Incentivos continuam - Logo após fazer sua defesa, Reinaldo confirmou que o setor produtivo seguirá tendo incentivos fiscais, dispositivo classificado pelo governador como o que mantém aquecida a economia do Estado.

"Minha postura em relação aos incentivos fiscais é a mesma de sempre: eles ajudam a gerar empregos e a agregar valor às matérias primas abundantes em Mato Grosso do Sul. Registramos PIB positivo em 2016, enquanto o Brasil fechou o ano no negativo. Além disso, fomos o único Estado com geração de emprego positiva no ano passado", explana Azambuja.

O indicativo foi elogiado pelos representantes do empresariado local presentes no encontro. Além de Saito e Longen, participaram o diretor da Fecomércio, Adilson Amorim Puertes, e os presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Irineu Milanesi, e do Sindicato das Indústrias Gráficas, Julião Flaves Gaúna

"As ações do Governo do Estado, que fizeram com que o PIB se mantivesse positivo em 2016, são de extrema importância para os pequenos varejistas, que são responsáveis pela oxigenação da economia", comenta Adilson, enquanto Julião e Irineu apontaram a defesa e os atos de Reinaldo como valorosos.

"Como representantes do setor produtivo, temos a obrigação de conferir direito de defesa a quem for acusado. Além disso, a garantia da manutenção dos incentivos fiscais muito nos tranquiliza, uma vez que a nossa competitividade depende grandemente desse tipo de auxílio", diz Julião.

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